5 Dicas para reduzir a incidência de Golpes de Ariéte em sistemas de vapor

Quem aqui já não teve que lidar com uma mangueira furada e tentou conter o vazamento com as mãos ou com um pano?

Se você é uma das pessoas que passou por algo assim, sabe o quanto é difícil conter o fluxo d’ água, não é mesmo?

E se essa situação já é difícil de controlar, imagine conter o fluxo de água na tubulação de casas ou de um prédio de muitos andares? Lembrando que, quanto maior é a altura desse prédio, maior é a pressão que a água exerce nos andares mais baixos.

Em outras palavras, para manter esse fluxo de água dentro das tubulações é necessário um sistema bem montado, capaz de aguentar essa pressão. E quando eu digo sistema, é pra valer mesmo.

Não estamos falando apenas de um cano reforçado. Existem uma série de equipamentos que compõem uma tubulação segura. Porém, o risco ainda existe.

E um dos principais causadores de problemas na tubulação são os golpes de aríete.

Acompanhe-me nesta leitura para entender um pouco mais sobre os golpes de aríete e como eles podem ser evitados, dentro dos sistemas de vapor.

O que são Golpes de Aríete

É isso mesmo, você não leu errado e não te culpo se você fez uma associação um tanto quanto antiga. Antigamente, aríetes eram grandes equipamentos bastante utilizados em cercos, em situações de guerra.

Eles eram responsáveis por romper portões e muralhas. E, para fazer isso, eles contavam com uma estrutura toda em madeira onde a sua base sustentava uma espécie de pêndulo.

Neste pêndulo, havia um tronco bastante reforçado de madeira, com uma ponta de metal. E, quando as correntes deste pêndulo eram soltas, essa madeira com a ponta de metal se chocava contra os muros, com o intuito de derrubá-los, é claro.

Este choque causava um estrondo muito alto e é justamente o som deste estrondo que deu origem aos golpes de aríete que conhecemos hoje em dia, ocorrendo, comumente, dentro de tubulações.

Mas, ao invés de toda essa estrutura metálica com pêndulo e tudo mais, o que faz o estrondo ocorra é o choque d’ água com a tubulação.

Um choque que pode provocar alguns estragos um tanto quanto problemáticos. Seja em casas, prédios ou em sistemas de vapor, dentro de uma indústria.

Vamos entender um pouco mais sobre esses sistemas.

O que um Sistema de Vapor

Caso você ainda não tenha muita familiaridade com o assunto, você deve estar se perguntando.

“Como assim? O artigo começou falando de tubulações com água? Onde é que o vapor entra nessa questão?”

E é claro que você sabe muito bem que o vapor nada mais é do que a água em seu estado gasoso, mas veja só.

O vapor é uma fonte de energia muito utilizada na indústria. E isso já não é uma novidade no setor, até mesmo porque, foi o vapor um dos grandes propulsores da revolução industrial.

E a razão que leva ao surgimento de golpes de aríete em sistemas assim é a formação de condensado nas tubulações.

O condensado nada mais é do que a transformação do estado físico de gás para líquido, com o vapor se transformando em água.

E isso ocorre por vários motivos, mas esse é o assunto para um outro artigo, combinado?

O que vamos falar hoje é sobre como reduzir e, até mesmo, evitar a incidência de Golpes de Aríete nesses sistemas, combinado? 

5 Dicas para reduzir a incidência de Golpes de Aríete  

1. Dimensionamento da tubulação de vapor

Planejamento é tudo e quando estamos falando de sistemas de vapor, é importante que todo o sistema seja bem projetado. Até mesmo porque, projetá-lo pode gerar um custo muito alto.

E um jeito de tornar esses sistemas eficientes, no que diz respeito a minimizar a incidência de golpes de aríete, é ter um certo cuidado quanto ao dimensionamento da tubulação.

A razão disso? Bom, como a tubulação é o principal meio de contenção do fluxo de vapor/água, nada mais justo que essa tubulação seja bem projetada.

 

2. Isolamento térmico

A temperatura é um fator muito importante em sistemas de vapor. E a razão disso é muito simples, acontece que ela é o principal elemento que transforma a água, no seu estado líquido, em vapor.

E o isolamento térmico vai ser um importante aliado para evitar que essa água se transforme em condensado e resulte em golpes de aríete, por conta disso.

3. Dimensionamento de válvulas e equipamentos

Assim como as tubulações precisam ser bem dimensionadas, às válvulas e equipamentos que também compõem um sistema de vapor também precisam.

Válvulas superdimensionadas abrem de forma inexpressiva, causando, assim, uma alta velocidade e um fenômeno conhecido como cavitação. Isso na prática vai fazer com que a válvula apresente necessidade constante de manutenção ou, até mesmo, um dano ou acidente grave.

Se a válvula for subdimensionada irá operar sempre na sua capacidade máxima. Isso resultará no desgaste prematuro da válvula e ainda podendo não atender toda demanda de vapor do processo, dependendo da capacidade necessária.

4. Válvulas de retenção

Válvulas de retenção são uma excelente alternativa quando estamos lidando com um sistema em que existem variações de pressão.

O que normalmente ocorre no início das tubulações de recalque, entre a saída das bombas e antes de registros.

5. Uso de Purgadores

Purgadores são uma outra alternativa para reduzir a incidência de golpes de aríete. Afinal de contas, esse equipamento é responsável por separar o vapor do condensado.

Retendo o vapor, dentro do sistema, e descarregando o condenado sob diferentes pressões ou cargas.

Ações como essas, além de muito úteis, vão manter a eficiência produtiva da sua planta, reduzindo custos com manutenção corretiva e extraindo o máximo da capacidade que a sua empresa tem para entregar.

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