As maiores indústrias do mundo prezam a segurança geral da planta, até mesmo mais do que a qualidade, entrega, lucro, inventário, entre outros critérios.
Até porque, como você deve saber, existem normas regulamentadoras que devem ser severamente seguidas, a fim de garantir que o trabalhador exerça a sua função com segurança.
Essas normas se aplicam a todos os serviços realizados na indústria, desde os que demandam trabalhos manuais quanto os que necessitam do manuseio de máquinas.
Contudo, quando o contexto é a segurança industrial geral, considerando tanto o resguardo dos processos quanto a segurança dos funcionários, os cuidados estão voltados especialmente às limitações humanas.
A limitação humana proveniente do cansaço, da falta de atenção, da carga de trabalho limitada, do acúmulo de responsabilidades, entre outros motivos, acaba acarretando em falhas que podem ser custosas e impactantes para a segurança do operador e do processo.
Como tratativa para assegurar que tais fatores críticos permaneçam monitorados e controlados em meio a tantos outros focos presentes na indústria, utiliza-se a tecnologia direcionada às necessidades industriais.
E como você já deve ter assimilado, estamos falando subliminarmente da conveniência de se automatizar um processo industrial, para que o número de tarefas manuais seja reduzido e, consequentemente, a segurança operacional geral também se mantenha íntegra.
Embora seja um pouco difícil assimilar o uso da tecnologia a favor da segurança generalizada na indústria, este texto objetiva auxiliar você, para que através de normas e boas práticas de segurança na automação industrial, a sua indústria se torne mais segura como um todo.
Com um conteúdo que trata um assunto tão
relevante para a responsabilidade industrial sobre a integridade total do seu âmbito, vale a pena conferir e se atualizar sobre o que pode ser adotado ou adequado à sua necessidade.
Conteúdos
Normas de segurança para a indústria
Quando o assunto aborda a segurança da indústria como um todo, as normas oferecem exigências o suficiente para resguardar tanto os trabalhadores quanto os processos e até mesmo o meio ambiente.
Neste viés, para cada especificidade diferente, tem-se diferentes normas que, em conjunto, propiciam uma diminuição de atividades de risco.
Vamos checar alguns exemplos?
- Normas Regulamentadoras no Brasil (NRs): A legislação trabalhista no Brasil contempla as NRs no Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
- Entre as NRs que contemplam a indústria, temos a NR-12 (segurança no trabalho
- em máquinas e equipamentos) e a NR-13 (segurança em caldeiras e vasos de
- pressão).
- Normas ISO (International Organization for Standardization): a ISO possui diversas normas que estão relacionadas à segurança em operações industriais, tais como a ISO 45001 (sistemas de gestão de saúde e segurança ocupacional) e a ISO 31000 (gestão de riscos).
- Normas específicas por indústria: Essas normas estabelecem padrões de segurança para diferentes indústrias. Por exemplo, a ACGIH (American Conference of Governmental Industrial Hygienists) oferece padrões de manuseio de substâncias químicas perigosas, bem como a OSHA (Occupational Safety and Health Administration) nos Estados Unidos.
Quer algo mais específico? Então aqui vai:
- ISO 13849 – Segurança de máquinas – Partes do sistema de comando relacionado à segurança (IEC 62061): fornece orientações para o projeto de sistemas de controle relacionados à segurança de máquinas;
- ISO 12100 – Segurança de máquinas – Princípios gerais de projeto – Avaliação de risco e redução de risco: aborda os princípios gerais do projeto de máquinas, além de incluir a avaliação de riscos e as medidas para reduzi-los;
- IEC 61508 – Segurança funcional de sistemas elétricos/eletrônicos/programáveis: esta norma internacional contempla a segurança funcional dos sistemas mencionados, fornecendo orientações sobre como alcançar níveis de segurança aceitáveis;
- IEC 62443 – Segurança de sistemas de controle industrial: especificamente focada em segurança cibernética para sistemas de controle industrial associando a segurança e a automação e controle;
- ANSI/RIA R15.06 – Segurança de robôs e sistemas robóticos: desenvolvida pelo Instituto Americano de Robótica (RIA) para abordar a segurança em torno do uso de robôs industriais e sistemas robóticos.
Além dessas normas mais específicas, existem legislações ambientais que impactam fortemente nas práticas de segurança em operações industriais, como no descarte de resíduos, controle de emissões, gestão de substâncias tóxicas, entre outros.
Normas e boas práticas de segurança na Automação Industrial
Além de ser fundamental seguir todas as normas voltadas para a indústria, é primordial também exercer boas práticas para que a automação industrial ofereça uma segurança mais efetiva para o ambiente fabril.
Como se sabe, a automação é regida pelo monitoramento e controle do processo, de modo que a demanda pelos serviços manuais sejam reduzidos ao máximo.
Assim, obtém-se trabalhos ininterruptos, aumento de qualidade do produto, redução de desperdícios, entre outros benefícios que as máquinas podem oferecer.
Com esse tipo de informação, você pode se perguntar: se as máquinas automáticas oferecem tanto para o processo industrial, quais são as boas práticas de segurança que cabe a nós, humanos, executarmos?
Para que a resposta ganhe um contexto, é preciso relembrar o que foi dito logo acima, onde é mencionado o monitoramento e o controle que regem a automação industrial.
Desse modo, as boas práticas são ações que nada mais servem para “manter seguro o que te oferece segurança”.
Podemos, então, utilizar as várias normas citadas anteriormente para intensificar a segurança na automação, é claro.
Contudo, apresentamos abaixo, alguns exemplos básicos, a fim de simplificar o desenvolvimento prático que você deve executar caso queira certificar-se de que a automação do seu processo industrial esteja segura. Vamos checá-los?
-
Manutenção preventiva e testes
A manutenção preventiva no sistema automatizado previne falhas em dispositivos que são importantes para o monitoramento do processo e, portanto, que são importantes para relatar problemas críticos, tais como sobrepressão, vazamentos, temperaturas excessivas, entre outros pontos indesejados.
-
Avaliação de riscos e atualização do sistema de segurança
Atualizar um sistema de segurança, à primeira vista, pode parecer difícil.
No entanto, trata-se mais de uma adequação tecnológica do sistema com dispositivos que podem reduzir ou erradicar os problemas recorrentes ou os que podem vir a acontecer.
Assim, avalie os riscos associados à automação que podem oferecer riscos aos trabalhadores, máquinas e processo.
Considere, neste contexto, os riscos mecânicos, elétricos, químicos, ergonômicos e de segurança cibernética.
-
Segurança cibernética
Implemente ações de segurança cibernética, isto é, que limitem o acesso de pessoas ao sistema automatizado e até mesmo contra ataques cibernéticos.
-
Conformidade com normas e regulamentos
A cada novo projeto ou implementação no sistema automatizado, reavalie se esse sistema está em conformidade com os regulamentos e normas de segurança, como os apresentados anteriormente (ISO, IEC, normas locais, entre outros).
-
Procedimentos operacionais e documentos
Certifique-se de criar documentos e procedimentos operacionais para os sistemas automatizados e, também, de revisá-los se houver modificações.
Além disso, considere realizar Análises Preliminares de Tarefas (APT) e disponibilizá-las no posto de trabalho, junto com os procedimentos, para que os operadores possam acessá-los.
-
Avaliação de acidentes e melhoria contínua
Para cada incidente que ocorrer, analise-o e veja como a automação do sistema pode eliminar o causador deste problema.
-
Envolvimento dos funcionários
Incentive os funcionários a identificarem os possíveis problemas do sistema automatizado e a reportá-los também.
Como incentivo, classifique os melhores reports de problemas, reconheça os funcionários e ofereça prêmios para os melhores colocados.
Como foi apresentado neste texto, garantir a segurança dos funcionários e dos processos exige uma ação conjunta entre análise, melhoria e controle do problema.
Para que esses passos sejam efetivos, é necessário também que os dispositivos presentes no processo sejam de boa qualidade e sejam inspecionados frequentemente.
Entre esses dispositivos, podemos citar válvulas de segurança, solenóide, de alívio e de retenção, além de sensores, pressostatos e muito mais.
Abaixo, deixamos uma pequena amostra desses produtos. Para mais, basta acessar o nosso site.
