Que etapas não podem faltar no processo de manutenção de Sistemas de Refrigeração

O sistema que utiliza a temperatura para a conservação de alimentos, eletrônicos e ambientes tem exercido um papel essencial para a diversificação e transporte alimentício da humanidade e o desenvolvimento tecnológico.

A capacidade de armazenamento alimentício durante a sua distribuição com certeza promove a economia de diversas comunidades ribeirinhas e costeiras, além de possibilitar a diversificação de alimentos ao longo do mundo.

Já os eletrônicos conseguem desempenhar as suas funções de modo a serem protegidos do calor.

E sim, é claro, estamos falando exatamente dos sistemas de refrigeração.

Sabendo de toda a sua importância, através do que foi mencionado e do que deixamos de citar, devemos olhar com um certo cuidado para a sua possível falha e as suas consequências.

Para evitar falhas em quaisquer sistemas, devemos monitorar as condições dos seus componentes e substituí-los quando necessário, ou seja, tudo se resume à manutenção.

Neste viés, criamos este texto com o propósito de alertar você sobre as etapas que não podem faltar no processo de manutenção de sistemas de refrigeração.

Fique por aqui e entenda a manutenção desse sistema tão importante.

O que é a refrigeração

Antes que comecemos o assunto principal do texto, faremos uma breve introdução ao assunto, para fins didáticos.

A refrigeração é um processo que utiliza o controle da temperatura para submeter um corpo ou local a uma temperatura de interesse.

E o modo em que vamos utilizar a temperatura, vai depender da nossa necessidade.

Por exemplo, para preservar a qualidade e a validade de alguns alimentos, como as frutas,  é interessante que a temperatura do ambiente esteja acima da temperatura de congelamento e abaixo da temperatura ambiente.

Já para transporte de carnes em caminhões frigoríficos, por exemplo, já é interessante manter as peças entre as temperaturas consideravelmente abaixo da temperatura de congelamento.

Quais os componentes do sistema de refrigeração

Até agora falamos somente da refrigeração, mas de onde surge a palavra “sistema” nisso tudo?

Bem, visto que a refrigeração com o controle de temperatura não acontece naturalmente, vem a necessidade de trabalhar com diversos equipamentos que, em conjunto, compõem um sistema de refrigeração.

Esses componentes são essenciais para que o processo de refrigeração não vire uma bagunça com variáveis físicas variando desenfreadas.

Vamos conhecer quais são esses componentes?

  • Compressor: este equipamento é conhecido como o coração do sistema, pois é o responsável por comprimir o fluido refrigerante, aumentando a sua pressão e temperatura, além de impulsioná-lo através do sistema;
  • Condensador: um trocador de calor que remove o calor do fluido refrigerante e dissipa esse calor excedente para o ambiente externo. Recebe o fluido na condição de gás quente e alta pressão e o resfria;
  • Evaporador: trocador de calor localizado na parte interna do sistema de refrigeração, pois está em contato com o ambiente a ser refrigerado;
  • Válvula de expansão: regula o fluxo de fluido refrigerante que sai do condensador e entra no evaporador, reduzindo a pressão do refrigerante e controlando a taxa de expansão (faz com que o fluido entre no evaporador na forma líquida e com baixa pressão);
  • Ventiladores: utilizados para circular o ar sobre os trocadores, auxiliando na dissipação de calor do sistema de refrigeração;
  • Tubos e tubulações: conectam os componentes do sistema em questão, possibilitando que o fluido refrigerante percorra pelos mesmos na forma gasosa ou líquida, dependendo da etapa do processo;
  • Sensores e controladores: monitoram e controlam as temperaturas de modo que atendam as condições ajustadas no painel do refrigerador, auxiliando na eficiência e desempenho adequado do sistema de refrigeração;
  • Bomba de circulação: promove o deslocamento do fluido refrigerante ao longo do sistema, garantindo o fluxo contínuo do fluido e, consequentemente, uma boa eficiência do sistema e a troca de calor;
  • Separadores de óleo: grandes compressores industriais tem suas partes móveis lubrificadas por óleo, então os separadores tem o papel de capturar óleo do fluido refrigerante e devolvê-lo ao compressor, garantindo a prolongação da vida útil do sistema;
  • Acumuladores de líquido: reservatórios localizados na linha de sucção do sistema de refrigeração, protegendo o compressor de líquido refrigerante indesejado, armazenando temporariamente o refrigerante líquido que retorna para o compressor em situações que ocorrem variação na carga de refrigeração;
  • Filtros: removem partículas indesejadas do ar ou do fluido refrigerante.

Que etapas não podem faltar no processo de manutenção de Sistemas de Refrigeração

São tantos os equipamentos e dispositivos que compõem o sistema de refrigeração, não é mesmo?

E por isso a manutenção de diversos desses equipamentos devem ser mais do que obrigatórias. 

E como já falamos, o desgaste de componentes e defeitos do equipamento podem ocasionar a perda de produtos refrigerados, gerar danos a equipamentos sensíveis ou promover a interrupção das operações comerciais e industriais.

E outra, devemos considerar o cenário real, onde consideramos o tempo necessário para reparar ou substituir algum componente, o que impacta até mesmo na reputação da empresa.

Por isso, decidimos listar algumas etapas que não podem faltar no processo de manutenção do sistema de refrigeração, e você pode ter acesso à essa lista logo abaixo.

  • Desligue o sistema

Primeiramente, vamos começar com o óbvio: nunca inicie qualquer trabalho de manutenção sem que o sistema esteja desenergizado e parado, para que sejam evitados danos acidentais.

  • Limpeza externa

Quando falamos sobre limpeza externa, não estamos falando sobre tirar poeira do seu painel de refrigeração, e sim sobre remover sujeira ou qualquer tipo de detrito da unidade externa (condensador).

Para isso, utilize uma escova macia, aspirador de pó e pano, priorizando as aletas do condensador e a área ao redor.

A inspeção visual também ajuda, para identificar algum objeto que esteja obstruindo a circulação de ar.

  • Fluido refrigerante

O nível de fluido refrigerante é algo que deve ser monitorado, pois caso o mesmo esteja diminuindo, temos um problema: o vazamento.

Além de tentar notar o nível de fluido, você pode procurar por umidade, manchas de óleo ou bolhas de refrigerante.

Neste caso, não temos outra opção senão chamar um técnico especializado, visto que o manuseio de fluidos refrigerantes requer conhecimentos específicos e equipamentos adequados para a tarefa.

  • Verificação dos drenos

Quando o ar quente e úmido entra em contato com as superfícies frias do interior do refrigerador, a umidade presente no ar condensa e se transforma em água líquida.

Os drenos de condensado podem ser limpos para garantir que a água condensada possa ser drenada adequadamente.

  • Ventoinhas

As ventoinhas devem, idealmente, girar fluidamente, sem nenhum travamento.

Caso isso não esteja acontecendo, você pode limpá-las e, caso não estejam funcionando, verifique os cabos de conexão.

  • Termostato

O termostato é composto por interruptores, controles, entre outros, mas para verificar se este componente está funcionando corretamente, tente ver se a temperatura ambiente responde ao ajuste feito no painel do refrigerador.

Para isso, utilize um medidor de temperatura de referência.

  • Inspeção e eficiência de evaporadores

Os evaporadores são os equipamentos que, como já dizemos, são responsáveis por realizar a troca de calor com o ambiente, refrigerando-o.

Ao realizar a inspeção dos evaporadores, note se há condensação ou formação de gelo excessivos.

Isso pode comprometer a eficiência do sistema de refrigeração, reduzindo a capacidade de resfriamento e aumentando o consumo de energia.

Além disso, o gelo acumulado nos evaporadores pode obstruir ou bloquear passagens de fluido, prejudicando ainda mais o sistema.

Neste caso, contate um técnico especializado.

Apesar de tudo o que foi dito, é importante que você saiba de uma coisa.

Acredite, às vezes o seu problema está tão oculto, que chega a ser impossível notá-los, ainda mais se não tivermos o conhecimento necessário para saber “encontrar” o problema.

Nesse momento, é preciso pensar duas vezes e deduzir se vale a pena correr o risco de realizar a manutenção do seu sistema de refrigeração por conta própria, até porque a falta de conhecimento pode piorar ainda mais a situação.

Neste caso, a nossa melhor dica é: chame um técnico especializado.

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