O Brasil tem se tornado, cada vez mais, referência mundial quando se trata de produção de alimentos.
Algumas dessas atividades econômicas se destacam, dentre outras, na contribuição para o aumento do PIB do país, como a produção de carne bovina, soja, arroz, cevada, laticínios, entre outros.
Quando se trata do setor lácteo, por exemplo, o Brasil está entre os maiores produtores de leite do mundo, sendo um dos setores da indústria de alimentos que mais cresceu nos últimos anos, no agronegócio brasileiro.
Visto que o país tem se tornado referência mundial na produção do leite e por ser este um dos responsáveis por desenvolver a economia regional do país, pode-se imaginar alguns desafios consequentes deste fato, como a ênfase na qualidade do produto.
Então, diante de toda essa responsabilidade, o que se espera do setor de laticínios brasileiro, no Brasil e no mundo? Esta pauta será abordada no nosso texto.
Quer saber mais? Se sim, continue com a gente.
Contents
O que é o laticínio?
Os produtos lácteos são o grupo de alimentos que contém leite, ou seja, inclui os seus derivados processados, como o queijo, iogurte, manteiga, doce de leite, creme de leite, entre outros.
O leite utilizado pode ser o de vários mamíferos, como a vaca, ovelha, cabra, camela, entre outros.
O laticínio e a economia do país
Como já foi dito, o laticínio é um dos fortes responsáveis pela movimentação da economia regional do Brasil, gerando empregos, suprindo alimentos, contribuindo na distribuição de renda e no aumento da mesma.
Além disso, grande parte deste setor de alimentos é composto por pequenos produtores, mesmo aqueles que só extraem e vendem o que foi coletado.
De modo geral, este setor agroindustrial envolve toda uma cadeia, as quais:
- Empresas fornecedoras: de adubos, rações, embalagens, tecnologias, insumos e maquinários;
- Produtores: pequenos, médios e grandes, incluindo as grandes indústrias nacionais e transnacionais que processam o leite, dando origem aos seus derivados;
- Distribuidores: supermercados, entre outros.
Nessa perspectiva resumida, nota-se a importância desse setor industrial alimentício para o giro do capital no país.
Brasil e o seu potencial na produção do leite
O crescimento do país neste setor alimentício é mais do que significativo e a tendência é que o Brasil se desenvolva, cada vez mais, no decorrer dos anos.
Isso se deve ao fato da boa disponibilidade do país no quesito de terra, água, competitividade no custo de produção, produtividade e tecnologia.
Contudo, a produtividade e a tecnologia estão interligadas e estão relacionadas às limitações que implicam nos desafios que esse setor da indústria de alimentos enfrenta.
Qual é o futuro do setor de laticínios no Brasil e no mundo
Dando continuidade ao final do assunto anterior, é certo assegurar que o crescimento da produtividade depende, fortemente, da tecnologia utilizada para tal.
Resumidamente, a adoção de tecnologias que aumentam a eficácia dos processos contidos no laticínio é essencial para que a indústria alimentícia cresça.
Agora, no contexto do setor de laticínios, podemos levantar alguns tópicos que foram e serão relevantes para que o setor de laticínios continue crescendo significativamente dentre os outros setores, no Brasil e no mundo.
1. Dietas vegetarianas e veganas
Com o crescimento das dietas veganas e vegetarianas estritas (a qual não consome nenhum tipo de carne, ovos e laticínios), a demanda da produção de laticínios pode diminuir no decorrer dos anos.
Visto que a opção de veganos e de outros produtos sem origem animal tem aumentado, ao redor do mundo, as empresas do setor de laticínios têm expandido a sua linha de produtos, de modo que inclua essa população.
Assim, a produção de queijos e leites feitos a partir de fontes vegetais (plant-based), como amêndoas, nozes e soja, passaram a ser encontradas mais facilmente.
Neste viés, vê-se a complexidade dessa demanda crescente por produtos que não envolvem leite e o desafio para os produtores de laticínios que proporcionam empregos e renda para muitas pessoas.
E onde está o desafio nisso?
Está exatamente na necessidade das empresas desenvolverem maneiras de se adaptar às mudanças e garantir a viabilidade do setor a longo prazo.
2. Qualidade de vida do animal
O bem-estar animal é um requisito obrigatório nos dias atuais.
Além de conter todo um contexto político dos direitos dos animais por trás disso, várias pesquisas comprovaram que a saúde do mamífero reflete totalmente na qualidade do seu leite.
Assim, são utilizadas diversas estratégias para que o animal não seja colocado em situação de estresse, inclusive a saúde de cada animal deve ser monitorada por veterinários e a proibição de métodos de produção cruéis.
3. Práticas sustentáveis
Aproveitando o contexto do assunto anterior, uma prática sustentável que tem sido pauta de estudo, é o uso de alimentos orgânicos, sem transgênicos e locais, para diminuir a pegada de carbono da cadeia alimentar, além de melhorar a qualidade de vida do animal.
Outras práticas sustentáveis são:
- A redução de energia elétrica para a refrigeração de produtos e a otimização da utilização da energia elétrica e térmica durante a produção dos derivados processados, além de utilizar painéis solares ou cogeração de energia;
- Controle e monitoramento do uso de água, para lavagem de equipamentos, refrigeração, entre outros;
- Preservação da biodiversidade ao redor dos sítios;
- entre outros.
4. Transporte
Um outro ponto importante que fez com que a indústria de laticínios crescesse, foi a otimização dos métodos de transporte dos produtos.
Visto que a refrigeração durante o transporte e na estocagem é um ponto crucial para a qualidade do leite.
Mas, se os processos são tão rígidos, como ainda podem existir problemas na chegada do leite até as indústrias de processos, por exemplo?
Por exemplo, podemos enfatizar o fato de que o Brasil produz muito alimento, mas grande parte desses são perdidos durante a fase de transporte.
Visto que o meio de transporte principal do país, é o rodoviário, e a situação das vias não são favoráveis para tal, é importante considerar é que a estratégia de transporte seja repensada, de modo que favoreça o crescimento, ainda maior, do setor lácteo.