O fim do século XVIII foi um período que marcou não apenas a história da Inglaterra. Mas de todo o mundo, transformando drasticamente a economia global.
Afinal, antes desse marco, a economia ainda estava muito associada ao trabalho artesanal e à manufatura. Enquanto no artesanal, o produtor era, normalmente, o responsável por todos os estágios do processo produtivo, na manufatura havia uma certa divisão de trabalho.
O problema era que, até então, todos os processos eram predominantemente manuais. Havia-se sim um maquinário mas ele era muito simples e, a maior parte do trabalho, ainda dependia da técnica, conhecimento e habilidade produtiva dos trabalhadores.
Só que isso estava prestes a ser mudado por completo. O período, do qual nos referimos no início deste artigo, duraria de 1760 até, aproximadamente, 1820 a 1840 e seria conhecido por Revolução Industrial.
A partir daí, os processos mudaram e foi adotado o que seria compreendido pela maquinofatura. Onde a transformação da matéria prima, em produto acabado, passou a ser realizada de maneira muito mais rápida, e em grandes escalas.
Esse marco foi o pontapé inicial para que a indústria se tornasse um dos grandes pilares da economia global. Só que, essa história não terminou por aí.
Acompanhe-me nesta leitura e descubra como foi a história da indústria de lá pra cá e como ela se tornou imprescindível dentro do nosso dia a dia.
Conteúdos
As diferentes fases da Indústria
Quando olhamos para a história da indústria, é evidente que a Revolução Industrial, que ocorreu a partir do fim do século XVIII, teve uma importância sem igual para a construção da sociedade como a percebemos nos dias de hoje.
Entretanto, ela não foi a única. O que não é muito difícil de imaginar, tendo em vista as grandes mudanças que ocorrem de lá pra cá. E não estamos falando apenas de uma maior agilidade de processos.
Estamos falando de grandes mudanças de foco, ideais, perspectivas e muito mais.
Isso porque, a principal matéria prima mudou. E mudou muita. As pessoas mudaram.
Os consumidores não são os mesmos do início da revolução. Assim como os trabalhadores, empresários, fornecedores. A sociedade evoluiu como um todo e com a indústria não foi diferente.
E, para acompanhar esse processo evolutivo, houveram outras 2 grandes revoluções dentro da indústria, totalizando 3 revoluções. Vamos entender o contexto de cada uma delas e os seus impactos.
1ª Revolução Industrial
Como já dissemos, no período que antecedeu a primeira revolução industrial, tudo ainda era feito de maneira muito manual. O que gerava um certo gargalo quando o assunto era produzir em escalas maiores.
Além disso, pode-se dizer que não havia muita uniformidade no que era produzido. E, quando olhamos para o que era produzido, observamos um cenário onde a indústria têxtil era o grande foco.
Nada mais justo que a implementação da mecanização começasse por lá. Em seguida, essa mecanização ainda se estenderia para metalúrgicas e outras fábricas. Cumprindo um importante papel para a economia, uma vez que estamos falando de um período de intenso crescimento e desenvolvimento.
Isso resultou, é claro, na contratação de um grande número de trabalhadores, que, por sua vez, passaram a consumir mais, movimentando a economia global.
2ª Revolução Industrial
Embora a primeira revolução industrial tenha servido para mudar a ótica do mundo em relação a transformação de matéria prima, tudo ainda era feito de maneira muito rudimentar. Ainda mais, quando observamos a exportação e importação dos produtos.
Mas, a partir da segunda revolução industrial, muito disso mudou. Em um primeiro momento, surgiram novas técnicas e, também, novas tecnologias que foram capazes de elevar a capacidade produtiva para um novo patamar.
Além disso, foram implementadas novas fontes de energia, fundamentais dentro de um processo de ampliação das fábricas. Processo esse que, inclusive, começou a ser percebido em outras partes do mundo, uma vez que as indústrias começaram a abrir filiais em outros países.
Era o início das multinacionais e transnacionais.
Desse momento em diante, o mundo já passava a comprar a usufruir dos produtos industrializados.
3ª Revolução Industrial
O período em que ocorreu a segunda revolução industrial não foi apenas marcado por esses grandes avanços.
Foi também, durante essa fase, que o mundo lidava com a primeira e a segunda guerra mundial. Fatos que geraram uma certa desestabilização na economia mundial.
Mas também foram fatos que acentuaram a internacionalização do setor. Além disso, a indústria evoluiu, a grandes passos, incorporando novos métodos e tecnologias.
E, com o fim das grandes guerras, a indústria encontrou um cenário ideal para colocar todos esses aprendizados em prática e caminhar em direção a um novo rumo.
O período pós guerra, foi marcado como sendo de grande prosperidade, onde as indústrias químicas, automobilísticas e de bens de consumo se expandiram como nunca.
Muitos desses avanços podem ser atribuídos ao grande desenvolvimento da automação industrial. Ela foi crucial para que a indústria fosse capaz de produzir em escalas cada vez maiores, afinal, era preciso atender a uma demanda enorme de novos consumidores.
Isso sem contar, é claro, com o nível de excelência proposto pelos processos automatizados.
A indústria nos dias de hoje
Você consegue imaginar viver deixando de utilizar todo e qualquer tipo de produto de origem industrial?
É bem provável que não. Isso só mostra a importância que a indústria possui no nosso cotidiano. Simplesmente não dá pra imaginar um mundo em que elas não existiriam.
Mas, para chegar a esse ponto, ela precisou passar por constantes transformações, constantes revoluções E, nos dias de hoje, essa história não chegou ao fim.
E a razão para isso é muito simples, neste exato momento, vivemos um conjunto de grandes transformações que, para os grandes teóricos, não podem ser atribuídas à terceira revolução industrial.
O que nos leva para o que é chamada de Indústria 4.0. Ou, quarta revolução industrial.
E, nada disso é ao acaso. Acontece que, com o surgimento da internet, o mundo mudou de uma maneira sem igual.
A revolução digital, a intensificação dos processos de automação, a expansão da robótica e a implementação e gestão de uma cultura de dados foram apenas alguns fatores que ratificam essa tese.
No fim das contas, o que se pode perceber é que simplesmente não dá pra definir um desfecho para essa história. Até mesmo porque, parte do crédito desses avanços pode ser atribuído aos avanços que temos como sociedade.
O que nos resta é servir de modelo para que esses avanços caminhem em direção à mudanças que gerem impactos positivos não apenas do ponto de vista produtivo, mas, também, social.