O ano era 1913 e a indústria caminhava a passos largos ao redor do mundo. Consolidada e assumindo um papel vital dentro da sociedade e da economia de muitos lugares.
Naquela época, a revolução industrial já tinha se estabelecido e as pessoas migravam, com cada vez mais intensidade, do campo para as fábricas.
Porém, esta aparente consolidação não era o suficiente para manter as coisas como estavam. Muita coisa poderia melhorar e a busca por maneiras de tornar a indústria ainda mais eficiente já se faziam presentes neste período.
É neste contexto em que a linha de produção, também conhecida como linha de montagem, começava a ganhar mais popularidade com uma contribuição especial de Henry Ford.
A linha de produção era um modelo de fabricação que trouxe uma série de benefícios e serviram para alavancar os resultados de Henry Ford e a sua empresa.
De tão famosa, se transformou em um dos grandes marcos na história da indústria e no mundo. Sabe por que?
Bom, é sobre isso que vamos nos aprofundar no artigo de hoje.
Portanto, se você quer saber um pouco mais sobre a história da linha de produção, como ela surgiu e porque os seus princípios são aplicados ainda hoje, depois de tanto desenvolvimento, é só nos acompanhar nesta leitura.
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O que é linha de produção
A linha de produção foi um modelo de fabricação que surgiu antes de 1913. Porém, foi a partir desta data que ela começou a ser popularizada através de Henry Ford.
Naquela época, Henry tinha a ambição de popularizar o seu produto e estudava maneiras de não apenas torná-lo mais acessível, mas, também, queria que a produção fosse capaz de acompanhar a demanda.
Ou seja, ele queria reduzir os custos de produção, tornando o seu produto mais atrativo, e precisava produzir mais rápido. Afinal de contas, de que adianta tornar o produto mais atrativo se você não tem ele pra vender.
Foi aí que a linha de produção deu seus primeiros passos, sob o seu comando.
E a maneira que ele encontrou para fazer isso foi padronizando o processo. E quando falamos sobre padronizar o processo, nos referimos a tudo.
As etapas, a matéria prima, os funcionários e, inclusive, o produto.
Ford T era o cara da vez e com a implementação dessa metodologia, o veículo construído por Henry Ford teve o seu preço de custo reduzido em aproximadamente 30%.
Mas isso não é tudo. O volume não só dobrou como foi multiplicado por 5.
Números que foram o suficiente para perpetuar a iniciativa de Henry Ford e a sua empresa na história da indústria.
Como funciona uma linha de produção
Agora você já sabe que a padronização é a palavra chave de uma linha de produção, não é mesmo? Mas, como funciona uma linha de produção na prática?
Bom, é claro que não adianta definir um único produto e ponto final. Existem outras características deste método que você vai conhecer a seguir.
Em uma linha de produção, os funcionários, ou grupo de funcionários, são divididos por etapas.
Nada de ter o mesmo funcionário precisando se deslocar de um lugar para o outro realizar diferentes tarefas.
A ideia é fazer com que cada tarefa seja realizada da maneira mais especializada possível. É aquela velha premissa de que a prática leva a perfeição.
Além disso, uma linha de produção é composta por esteiras rolantes, máquinas, robôs e mão de obra humana, que opera, abastece e monitora todas as ações.
Deste modo, podemos considerar que existem 3 elementos importantíssimos dentro deste processo. São eles:
- As máquinas: sendo responsáveis por operacionalizar os processos, transformando a matéria prima em produto.
- Os transportadores: sendo eles as esteiras que serão responsáveis por guiar o produto, etapa por etapa, até que ele esteja finalizado.
- E os trabalhadores: sendo a mão de obra que vai dar o acabamento e realizar os processos que não são feitos pelas máquinas.
Com base nessa premissa, a metodologia foi se desenvolvendo até o patamar que temos hoje, com linhas totalmente automatizadas, capazes de realizar múltiplas funções de maneira totalmente autônoma.
Vale a pena adotar a metodologia de linha de produção?
Com base no que dissemos até aqui, pode até parecer que a linha de produção é o melhor caminho para uma empresa seguir, independente do seu porte, produto ou o que quer que a diferencie.
Não é mesmo?
Só que as coisas não são bem assim.
Existem diversas vantagens deste método, é claro, tais como:
- Produção em larga escala;
- Redução no índice de falhas;
- Mais agilidade na produção;
- Produto final com mais qualidade;
- Redução no preço dos produtos, entre outras vantagens.
Entretanto, mesmo com todas essas vantagens, existem casas onde a linha de produção não é aplicável.
E isso vai acontecer principalmente nos modelos de produção que exista uma certa customização. Ou seja, o produto final não é padronizado.
O que estamos querendo dizer é que a linha de produção não é um modelo de produção flexível. O que faz com que a linha de produção não seja adequada para todo o tipo de empresa.