Tecnologia descentralizada de inversor de frequência inova indústria alimentícia na Itália

Vamos lá. Mencionar indústria alimentícia e Itália na mesma frase é um gatilho e tanto para se pensar em massas, mas este texto não é exatamente sobre massas, e sim sobre algo que as acompanha: o molho.

Na Itália, o molho é uma tradição culinária e, assim, deve ser tratado com todo cuidado possível, independente se estamos falando de um prato preparado por um chef ou em uma indústria que o produz em larga escala.

Para isso, uma fábrica vem combinando engenharia de ponta, automação avançada e compromisso com a sustentabilidade, o que não só entrega molhos prontos para massas, mas também dá um show como modelo de produção eficiente e ecologicamente responsável.

Mas, em meio a uma motivação textual tão omissa e promissora ao mesmo tempo, você pode se perguntar: como isso é possível?

Bem, a sua resposta está neste texto, o qual trata de apresentar detalhes que revelam onde está o sabor da inovação.

A automação potencializa a sustentabilidade

A planta da Barilla localizada na região central da Emilia-Romagna, a qual é conhecida por seu polo de alimentos, passou por uma significativa ampliação em sua instalação, adquirindo resultados almejados por quaisquer indústrias: nível de produtividade aumentado sem comprometer o meio ambiente.

O fator chave que implicou nessa transformação foi o investimento em um sistema descentralizado de automação, que se baseia em centenas de motores de alta performance acoplados diretamente às linhas de produção.

Desta maneira, a combinação de motores redutores (motorredutores) de alta eficiência energética combinados a inversores de frequência descentralizados formaram uma verdadeira arquitetura tecnológica distribuída e inteligente.

Embora pareça que a decisão de combinar duas tecnologias de grande promessa tenha sido apenas um passo técnico, o investimento, na verdade, também considerou liberar espaço nas instalações, almejando, principalmente, cortar emissões de carbono.

Operações precisas e flexíveis

A linha de empacotamento dessa unidade da Barilla teve seu nível elevado. Foi preciso considerar todos os fatores limitantes do processo, além de exigir uma análise detalhada dos componentes que iriam compor o sistema.

Com isso, foi possível desenvolver uma arquitetura de empacotamento com esteiras articuladas e com uma distribuição da planta que fosse adapta à flexibilidade, seja  na movimentação dos frascos entre máquinas ou na organização dos fluxos entre produtos semi acabados e prontos para envio.

É claro, pontos como a simplicidade de cabeamento, manutenção facilitada, eficiência energética, resistência a agentes de limpeza, integração com a rede industrial, entre outros, foram considerações críticas no projeto.

Como tirar tantos objetivos do papel?

Durante a fase de projeto, uma série de metas são traçadas, mas isso é até que fácil. O difícil é transformar as metas em algo concreto e que funcione.

Para tornar os objetivos viáveis, é preciso conhecer quais tecnologias estão dispostas no mercado e estar ciente das suas capacidades.

Ao implantar mais de 400 motores e drives descentralizados VLT® Decentral Drive FCD 302 diretamente nas esteiras da linha de embalagem, a Barilla eliminou a necessidade de grandes paineis elétricos, o que não só liberou espaço físico na planta, como também simplificou a instalação elétrica.

E não para por aí: todos os componentes foram integrados à rede de controle da fábrica, permitindo monitoramento em tempo real, além de reconfiguração de parâmetros remotamente e identificação imediata de perturbações.

O conjunto dessas ações tornou, portanto, o custo operacional reduzido.

A higiene e a segurança alimentar andam lado a lado

As indústrias alimentícias estão entre as mais criteriosas quanto à higiene e aos cuidados desta ação, visto que se trata, de fato, de um processo que transforma um produto de consumo humano.

Desta maneira, naquelas áreas que são mais sensíveis da planta, como a cozinha industrial que prepara os ingredientes, os equipamentos devem estar sob limpeza intensa e constante e expostos a agentes químicos.

E aí, como adaptar os dispositivos industriais a um ambiente extremo?

Bem, é neste ponto que entra o grau de proteção (IP) do eletrônico.

As zonas críticas da planta utilizaram motores com grau de proteção IP69K, os quais são projetados especialmente para resistir a lavagens pesadas e garantir conformidade com normas sanitárias que são imprescindíveis nesse âmbito.

Além disso, a superfície do equipamento deve ser lisa para não armazenar resíduos e facilitar a limpeza.

A manutenção deve ser considerada no projeto

Qual indústria não quer um modelo que seja característico de manutenção ágil e com estoque otimizado?

Bem, a Barilla também tinha esse ponto em destaque para o projeto, e por isso frisou que os componentes utilizados deveriam ser padronizados.

Assim, é compreensível o porquê de terem sido utilizados motores e drives de um único modelo em toda a instalação: o estoque de reposição tornou-se mais enxuto visto que a diversidade de peças sobressalentes caiu consideravelmente.

Quais os resultados do projeto

Nos dois primeiros anos de operação, os resultados foram significativos e somaram quanto a:

  • Menos variantes técnicas;
  • Menor consumo de energia;
  • Redução significativa na emissão de CO2;
  • Maior confiabilidade dos sistemas;
  • Melhor custo-benefício no ciclo de vida completo dos equipamentos;

Além disso, não podemos deixar de mencionar, novamente, a redução do espaço físico e simplificação da estrutura elétrica, monitoramento remoto e reconfiguração dinâmica dos drives via rede, entre outros benefícios que puderam ser identificados de imediato.

Portanto, o presente texto mostra que o projeto realizado nesta planta impulsionou um dos setores mais competitivos do mundo: o alimentício.

Assim, a abertura de espaço para a adoção de tecnologias descentralizadas, eficientes e adaptadas ao meio ambiente e ao âmbito industrial, deve ser visto como mais do que uma simples escolha técnica, mas também uma estratégia competitiva.

Em outras palavras, empresas que investem na modernização colhem benefícios certos no que diz respeito aos fatores financeiro, operacional e ambiental.

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