Como a automação pode ser utilizada em Estações de Tratamento de Esgoto (ETE)

A automação industrial se tornou uma tecnologia útil em quaisquer setores industriais, para todas as atividades. 

Com o surgimento dessa tecnologia, os riscos e as falhas reduziram e a qualidade do serviço aumentou, é claro. 

No entanto, a consequência para esse desenvolvimento tecnológico veio também em forma de responsabilidade e cobrança.

Como a capacidade de realizar um serviço de boa qualidade tornou-se maior, então as exigências acompanham a cobrança, correto?

Pois bem, dar satisfação aos clientes é algo comum e certo, e disso já sabemos. 

No entanto, as indústrias devem dar satisfação também aos órgãos governamentais, e isso é algo que pode custar o nome e até mesmo o funcionamento da sua empresa, principalmente quando se trata de cuidados ao meio ambiente na área industrial.

Por isso, as grandes indústrias ou até mesmo as pequenas que trabalham com fluidos críticos ao meio ambiente, devem possuir uma Estação de Tratamento de Esgoto, e aí entra o papel da automação.

A automação, neste caso, exerce uma função fundamental graças a sua relação direta com os dispositivos industriais capacitados para resolverem essas ações que podem ocasionar, se malfeitos, algo tão prejudicial, tanto para o meio ambiente quanto para a indústria.

Para que você entenda, apresentaremos, neste texto, os dispositivos utilizados para o tratamento de fluidos no cenário real da indústria.

E para que não sejamos específicos quanto ao tipo de fluido e ao seu tratamento, focaremos na Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) como um todo, até porque se trata de algo que toda indústria deve ter, visto o conteúdo que é tratado.

Enfim, vamos conhecer mais uma aplicação da automação?

Estações de Tratamento de Esgoto (ETE) e os Órgãos Ambientais

Muitas pessoas não sabem que as indústrias devem ter ETEs, dentro da sua área, para que o conteúdo seja tratado antes de ser despejado no corpo hídrico. Quanto maior a complexidade e o número de trabalhadores dessa indústria, mais completa e complexa deve ser a ETE.

A importância dessa estação se deve ao fato de um objetivo único: minimizar o risco de poluição e contaminação do meio ambiente e do ser humano devido aos resíduos e microorganismos.

E para que isso seja feito, são utilizadas várias estratégias em conjunto com dispositivos industriais que possam providenciar um tratamento correto desses fluidos, de acordo com o que é proposto pelos órgãos ambientais responsáveis, que variam de estado para estado.

E devido aos órgãos e as suas exigências, o tratamento do esgoto industrial deve ser feito com maestria. Caso contrário, há aplicação de multas e, mesmo que a gravidade da não conformidade seja baixa, o órgão ambiental responsável pode fechar a sua empresa.

Etapas de Tratamento de uma ETE

Devido a complexidade do material, algumas ETEs podem ter mais de uma etapa de tratamento, antes que o conteúdo esteja em condições de ser descartado para o meio ambiente.

Abaixo, vamos apresentar bem brevemente algumas dessas etapas para que, posteriormente, possamos também apresentar os dispositivos que são úteis no tratamento do esgoto.

Primeira etapa

Nesta etapa, comumente se utiliza da sedimentação para retirar as impurezas presentes na água.

Em outras palavras, a diferença de densidade entre o fluido líquido e as impurezas presentes no mesmo os separa. O mais pesado (sedimentos), se mantém no fundo, e formam assim o lodo.

Também é possível adicionar bolhas (processo aeróbio) de ar para separar as impurezas, de modo que as partículas fiquem solidárias à bolha e sejam arrastadas para a superfície, formando uma espécie de espuma.

Segunda etapa

Na segunda etapa, a matéria orgânica é separada por meio de processo biológicos, os quais são aplicados microorganismos que consomem a bactéria e fazem a decomposição dos poluentes de maneira mais acelerada.

Terceira etapa

Caso haja a presença de componentes inorgânicos no esgoto, algumas estratégias são utilizadas para eliminar poluentes como metais, componentes não biodegradáveis, nitrogênio, fósforo, entre outros.

Tudo isso é possível a partir de técnicas Físico Químicas (FQ), precipitação, troca iônica e outras tecnologias de purificação.

Como a automação pode ser utilizada em Estações de Tratamento de Esgoto (ETE)

Como podemos observar, o tratamento do esgoto possui algumas etapas e estas mudam ou progridem de acordo com a complexidade do material a ser tratado.

Para que a automação esteja presente neste tratamento, é preciso saber que os dispositivos industriais não podem se ausentar nessa hora.

Com isso, listamos abaixo alguns métodos reais utilizados pelas indústrias, para que a automação cumpra, com maestria, o serviço de tratamento de esgoto em estações.

  • Bomba hidráulica

A bomba hidráulica é a responsável por permitir que o fluxo do fluido percorra a linha hidráulica (tubulação) e chegue até o seu destino, seja o tanque de tratamento ou o corpo hídrico.

  • Válvulas de retenção

As válvulas de retenção não poderiam estar fora dessa lista, visto que as mesmas são as responsáveis por permitir que o fluido seja despejado no tanque de tratamento de esgoto em intervalos de tempo (você vai entender).

  • Aerador industrial

O aerador industrial é um equipamento comum quando o assunto é o saneamento  e tratamento de alguns fluidos industriais.

Este equipamento aplica oxigênio no fluido do esgoto, de modo que os microrganismos ali presentes não se proliferam e, portanto, não dissipam um mau cheiro. 

  • Transmissores de nível

A aplicação de oxigênio de um aerador industrial não pode dar conta de todo um tanque de esgoto, visto que cada aerador possui a sua capacidade máxima.

Os transmissores de nível, neste caso, são utilizados em conjunto com a válvula de retenção localizada na parte inferior do tanque, ou seja, a que despeja o fluido tratado para o próximo tratamento ou para o corpo hídrico.

Desse modo, a partir do momento em que o tanque atinge determinado nível de fluido e, após ser tratado pelo aerador, o transmissor de nível realiza a leitura desse nível e envia um sinal para a válvula inferior do tanque, para que o fluido possa ser descartado.

  • Sistemas de Controle

Os sistemas de controle, mesmo que seja um mais simples, como o liga/desliga (on/off), é um importante passo dado para se controlar os fluidos da ETE.

Com  sistemas de controle, você pode automatizar o intervalo de tempo entre uma etapa do processo e outra, além de conciliar a realização dos processos em meio a esse intervalo de tempo.

Em outras palavras, com os sistemas de controle, você pode:

  • Definir o tempo de abertura e fechamento das válvulas que permitem a entrada de fluido no tanque e a saída do mesmo para a próxima etapa;
  • Decidir o momento em que o aerador iniciará e terminará a aplicação de oxigênio no tanque;
  • Acionar ou não a bomba hidráulica, no momento correto e na rotação demandada (utilize um inversor de frequência, para entendê-lo, clique aqui), para que haja eficiência de trabalho e economia de energia de acordo com a demanda;
  • Permitir a comunicação do transmissor de nível com a abertura e fechamento da válvula;
  • Entre outros.

 

Lembramos, ainda, que a implementação da automação exige três princípios: necessidade, investimento e criatividade de aplicação. 

Para que você tenha um sistema automatizado, além de exigir um bom profissional que o faça, é muito importante confiar as suas responsabilidades também a bons dispositivos.

E, por incrível que pareça, você pode estar acessando, além desse conteúdo informativo, o conteúdo e os produtos do nosso site, o qual oferece diversos dos dispositivos aqui mencionados, com a melhor qualidade do mercado.

Abaixo, deixamos algumas amostras.

 

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