BMS integrado e válvulas inteligentes: a transformação do sistema HVAC

A construção de edifícios corporativos modernos e a atualização daqueles mais antigos têm se tornado cada vez mais frequentes nesse cenário de desenvolvimento estrutural.

E não estamos falando de apenas reformas estruturais. A automação, por exemplo, é uma ferramenta tecnológica que se tornou fundamental para que o conforto térmico, a redução de custos e a sustentabilidade pudessem estar alinhados aos objetivos do projeto.

Além disso, essa é a tecnologia que possibilita a integração entre sistemas HVAC (Aquecimento, Ventilação e Ar Condicionado) e BMS (plataforma de gerenciamento predial), fazendo com que válvulas inteligentes e atuadores digitais presentes no sistema sejam mais precisos, coletem dados em tempo real e sejam adaptáveis às mudanças de espaço.

Para entender melhor o que está em pauta, este texto explora o projeto de retrofit realizado no World Trade Center de Amsterdã, já que o mesmo exemplifica como a tecnologia pode transformar a operação de climatização, garantindo desempenho superior, economia de energia e conforto aos ocupantes.

A evolução dos sistemas HVAC e sua importância nos edifícios modernos

De fato, os sistemas HVAC estão presentes não só no cenário industrial, mas também no mundo corporativo e comercial, exercendo um papel fundamental no conforto térmico e qualidade do ar para milhares de pessoas diariamente.

Com o passar dos anos, essas soluções evoluíram e muito! Os equipamentos mecânicos tornaram-se sistemas complexos e integrados, capacitando a interação com plataformas digitais de gerenciamento.

Neste viés, a tecnologia possibilitou que o consumo energético que representava uma parcela significativa dos custos operacionais de prédios de grande porte ganhasse nova perspectiva através de controles precisos de sistemas inteligentes que implicam em eficiência energética.

A digitalização, resumidamente, aprimorou a capacidade de sistemas se adaptarem rapidamente a demandas flexíveis e diferentes layouts.

Neste viés, as soluções hidrônicas com válvulas inteligentes e atuadores conectados ao BMS têm se consolidado como uma tendência indispensável em projetos de retrofit e novas construções.

O desafio de modernizar a Torre I do WTC Amsterdã

Nesse contexto, a Torre I do World Trade Center, em Amsterdã, após 15 anos de operação, tornou-se palco de um projeto que reflete bem essa evolução.

A meta principal era um tanto quanto desafiadora, resumida em criar um ambiente de trabalho moderno, eficiente e adaptável, reduzindo custos de manutenção e permitindo maior flexibilidade para futuros locatários.

Requisitos para um sistema moderno

Tecnicamente, a nova instalação deveria oferecer aquecimento e resfriamento de alta qualidade, o que é comum a qualquer construção padrão.

No entanto, o projeto de retrofit da Torre I deveria oferecer, também, a integração com Gerenciamento Ativo de Energia (AEM) e conectividade total com um novo Sistema de Gerenciamento de Edifícios (BMS).

Além disso, o desafio incluía até mesmo evitar ajustes complexos sempre que houvesse mudanças na configuração dos espaços.

Em geral, esse objetivo foi alcançado através da instalação de cerca de 430 painéis climáticos, os quais seriam ligados a um sistema de quatro tubos.

Além disso, uma válvula de seis portas foi integrada para garantir a comutação eficiente entre água aquecida e resfriada, evitando fluxos cruzados.

O BMS escolhido, por sua vez, foi fornecido pela Schneider Electric, operando com protocolo BACnet, conhecido pela confiabilidade e ampla compatibilidade.

Mas, que tal detalharmos o projeto dando nome aos principais atores dessa evolução tecnológica estrutural?

A solução adotada

Na parte hidrônica (utilização da água para transferência de calor), as válvulas de controle de pressão independente AB-QM da Danfoss foram artifícios essenciais para o balanceamento preciso do sistema.

Ao serem combinadas à válvula de seis vias, foi possível direcionar a água quente ou fria conforme a demanda.

Quanto à conectividade exigida no projeto, os atuadores digitais NovoCon® S foram os responsáveis por exercer papel estratégico na comunicação direta com o BMS e no fornecimento de dados em tempo real para otimização, diagnósticos e manutenção preditiva.

Mais detalhes sobre a flexibilidade e conectividade sendo diferenciais neste projeto

O grau de adaptabilidade foi um diferencial e tanto na solução implementada no projeto de retrofitting.

Graças à reprogramação remota do NovoCon® S, podem ser feitas alterações no layout dos escritórios ou novos arrendamentos sem comprometer significativamente a infraestrutura.

Além disso, a função de E/S remota dos atuadores também foi essencial para que a comutação entre aquecimento e resfriamento fosse realizada de forma integrada, controlando tanto as válvulas AB-QM quanto a válvula de seis vias no momento exato da mudança de operação.

Por fim, o sistema foi simplificado significativamente ao eliminar a necessidade de novos módulos BMS em portas adicionais, simplesmente por meio da conexão de sensores de temperatura PT 1000.

Resultados alcançados

Os resultados alcançados podem ser resumidos na certificação BREEAM-NL, que reconhece o desempenho “Muito Bom” das torres H e I em termos de operação e gestão.

Conclusão

Portanto, o projeto em questão evidenciou, sobretudo, a maneira em que a tecnologia pode transformar a climatização em edifícios corporativos, unindo eficiência, conforto e inovação.

Além disso, nota-se quão importante é a seleção correta das tecnologias que serão implementadas em um sistema.

No caso apresentado, o fato de ocorrer a integração entre os diferentes dispositivos, criando uma rede de comunicação, trouxe uma nova abordagem ao controle ambiente para os diferentes cenários que poderiam surgir, sem um fator primordial para empresas que buscam uma boa gestão de recursos: a eficiência energética.

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