O que são os lubrificantes e por que são tão importantes para a indústria

Os lubrificantes desempenham um papel vital na indústria, reduzindo o atrito e prolongando a vida de equipamentos. Descubra seu significado e aplicações.

Assim como diversos outros materiais utilizados na indústria, o lubrificante desempenha um papel importante nos mais diversos equipamentos, máquinas e dispositivos.

Isso se deve pelo fato de estar aplicado em vários elementos que exercem atrito sobre o outro (pistões , engrenagens, acionadores, eixos, mancais, entre muitos outros) e fornecem movimento ou são movimentados.

Qual a característica visual de identificação desse lubrificante?

A resposta é: não há um padrão, pois como o seu modo de obtenção pode ser diferente (falaremos sobre adiante), não há uma cor ou estado físico, por exemplo, que o defina.

Contudo, há uma propriedade que deve ser sempre considerada ao utilizar um lubrificante fluido (gasoso ou líquido): a viscosidade.

E, logo quando falamos sobre viscosidade, podemos diretamente lembrar que essa propriedade sofre influência da temperatura.

Portanto, aqui vai uma dica que servirá como gancho para o próximo tópico deste texto: diversos tipos de lubrificantes existentes, dependem fortemente da temperatura de operação do seu requisitante (máquina, processo, equipamento, etc).

Tipos de lubrificantes

É extremamente comum pensar em líquidos ou gases ao mencionar o nome “lubrificantes”.
É claro, isso é mais do que compreensível, pois diariamente temos contato apenas com esses tipos de lubrificantes.

No entanto, veremos que a indústria oferece mais do que isso. A indústria oferece a diversidade desse produto para diferentes aplicações. Olhe só como os encontramos, através dos seus tipos apresentados abaixo.

  • Semi-sólidos ou pastosos

São como as graxas são caracterizadas, visto que possuem rigidez e viscosidade entre o líquido e o sólido. Além disso, são constituídos por espessantes, como sabão de lítio ou complexos de alumínio.

  • Líquidos (óleos)

incluem os óleos minerais, os sintéticos e os semissintéticos. O  óleo mineral vem do refino do petróleo, consistindo então em frações de hidrocarboneto e podendo ser classificado como aromático, naftênico ou parafínico.

Já os sintéticos podem ser obtidos por meio de reações químicas de polimerização de recursos provenientes da indústria petroquímica.

O óleo semi-sintético, por sua vez, é uma mistura entre os dois óleos mencionados anteriormente.

  • Sólidos

Entre os lubrificantes sólidos, podemos citar os principais: dissulfeto de molibdênio (MoS2), o politetrafluoretileno (PTFE) e a grafite, podendo também utilizar o óxido de chumbo, nitrito de boro, dissulfeto de tungstênio, estanho, prata, entre outros. 

Qual a importância do lubrificante para a indústria

Como observado, os lubrificantes estão dispostos de diferentes formas físicas no mercado e, portanto, na indústria.

Além disso, as propriedades atreladas aos diferentes lubrificantes, importam e demais.

Por exemplo, em relação aos lubrificantes fluidos, os diferentes componentes e aditivos combinados e definidos quimicamente, garantem diferentes características a esses elementos, possibilitando as seguintes propriedades:

 

  • Lubrificação: é claro, está é a principal função do detergente,a qual permite que superfícies rolem ou deslize mais suavemente sobre a outra;
  • Viscosidade: é a resistência do lubrificante ao fluxo do movimento;
  • Proteção anticorrosiva: esses aditivos adicionados fazem com que as partes metálicas não sofram corrosão quando em contato com o lubrificante;
  • Estabilidade à oxidação: também possível devido a aditivos que garantem a integridade do lubrificante e também impedem a formação de depósitos;
  • Propriedade à detergência: os aditivos detergentes evitam a formação de resíduos de carbono, “limpando” o lubrificante;
  • Vedação: a viscosidade do lubrificante pode vedar os elementos em atrito;
  • Entre outros.

Assim, a gama de necessidades industriais são fortemente atendidas através de uma junção de propriedades dos lubrificantes, possibilitando serem utilizados em usinagem,  vedações de o’rings (graxa), engrenagens, pistões, correntes de transmissão, entre outros.

Apesar disso, escolher qual o lubrificante correto para a sua necessidade, demanda estudo e conhecimento.

Por exemplo, a carga a ser suportada juntamente com a viscosidade do material, a qual varia com a temperatura, devem estar atreladas à compatibilidade desse lubrificante com o material que há de estar em contato.

E não paramos por aí. Outro ponto importante é considerar o ponto de fulgor (menor temperatura em que o lubrificante emite vapores inflamáveis) e o ponto de fluidez (menor temperatura em que o lubrificante mantém a sua fluidez).

Já o lubrificante sólido está, comumente, omisso em um material comum e frequentemente utilizado na indústria, como o que compõe rolamentos de altas carga e pressão ou simplesmente naquele material aparentemente feito de “plástico” que impede o atrito na montagem de equipamentos que não possam sofrer desgaste, por exemplo.

Quer um exemplo prático? Observe que os anéis utilizados em pistões de automóveis são descartáveis, visto que são propositalmente utilizados para sofrerem desgaste e agir juntamente com o óleo lubrificante para vedar, proteger, limpar, entre outros.

Com isso, nota-se que não há um lubrificante melhor do que outro. Devido a aplicação,  diferentes lubrificantes podem ser cotados a serem o utilizável e, o que vai dizer selecionar o melhor, será a viabilidade econômica, frequência de troca, estimativa de desgaste, entre outros.

Por fim, a partir de agora, comece a observar aqueles componentes descartáveis (de troca frequente) em máquinas e outros equipamentos ou note a viscosidade do fluido que lubrifica a máquina que você tem maior contato e se pergunte: por que foi escolhido este e não outro?

Então, suponha casos e respostas, estude e afirme as suas conclusões!

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