Você já parou pra pensar como que o seu chuveiro pode esquentar mais ou menos a água de acordo com o que você precisa?
Isso é tão comum que pode passar despercebido, mas saiba que quem torna possível essa mudança de temperatura é a resistência elétrica.
Provavelmente, o contato mais comum que temos com as resistências elétricas se dá pelo chuveiro.
Afinal, todos já passamos pela necessidade de trocá-la quando o chuveiro queima.
Mas a título de curiosidade, saiba que qualquer aparelho que necessite da passagem de eletricidade possui uma resistência elétrica.
A resistência elétrica é muito mais do que um objeto que pode gerar luz ou calor, é na verdade uma grandeza física.
O texto de hoje vai abordar sobre a resistência elétrica.
Se você ainda não a conhece, você poderá entender o que ela é e qual a sua relação com as atividades industriais. Basta ler este texto.
O que é a resistência elétrica
Basicamente, a resistência elétrica age como uma barreira para a passagem de corrente elétrica em um circuito.
Desse modo, quanto maior for a resistência elétrica, menor será a corrente que passa pelo circuito.
Para facilitar a sua imaginação sobre essa explicação um pouco abstrata, vou te dar um exemplo:
Imagine a pia da sua cozinha e imagine que você tenha deixado cair um objeto que obstrua a passagem de água pelo cano.
A água da pia pode ser assimilada com a corrente elétrica, enquanto a resistência elétrica com objeto e a pressão que vai fazer com que a água percorra o cano pode ser comparada com a tensão elétrica.
Mas qual a relação dessa resistência elétrica com o aquecimento do chuveiro?
Bom, acontece que dificultar a passagem de corrente pelo fio ou tubo implicará em um aquecimento, que pode resultar em calor ou luz (conhecido como Efeito Joule).
Para que esse fenômeno ocorra, é importante salientar que esse fio deve possuir uma resistividade elétrica e precisa ser feito de um material condutor de eletricidade.
Mas resistividade elétrica e resistência elétrica são coisas diferentes?
Na verdade, sim. Enquanto a resistência elétrica é a capacidade que um resistor tem em conter a travessia da corrente para o restante do circuito, a resistivade está relacionada ao material em que o condutor foi produzido, variando com a temperatura do condutor.
Agora que já foi explicado o que é a resistência elétrica, é hora de te falar qual a relação da resistência elétrica nas atividades industriais.
Qual a relação da resistência elétrica nas atividades industriais
A resistência elétrica tende a variar de acordo com alguns parâmetros, como o comprimento do resistor, a sua área (seção transversal ou tamanho da bitola) e resistividade.
De um modo mais claro, a resistência elétrica é maior com uma menor seção de área do fio e é proporcional ao comprimento do fio (quanto maior o fio, maior a resistência e vice-versa).
Assim, o controle da resistência elétrica exige pouco conhecimento teórico e está presente em realmente tudo que necessite de eletricidade.
Já que o controle da resistência tem todo esse poder quanto à permissão dada pela corrente, podemos imaginar o quanto ela é necessária na indústria.
Em fornos aquecedores que a queima é realizada através da eletricidade, a mudança da resistência oferece maior ou menor potência, possibilitando o trabalho do equipamento em diversas escalas de peças que venham a ser aquecidas.
Exemplos de aplicação direta da resistência são os mais diversos e podem ser encontrados pela web ou até imaginados, mas há aqueles processos em que a resistência elétrica trabalha em conjunto com outros materiais, para ater a corrente elétrica.
No setor de energia elétrica, por exemplo, os transformadores capacitivos permitem que a tensão de centenas de quiloVolts que passam pelos fios de alta tensão seja reduzida a poucos Volts, de modo que possa ser medido por um instrumento “comum” em sua base.
A resistência elétrica exerce um papel importante neste caso, mas ela tem ajuda de outros fatores.
Onde a tensão percorre e é diminuída, dentro dos transformadores, é chamada de parte ativa.
A parte ativa desses transformadores é feita por uma bobinagem intensa de papel não condutor, papel semicondutor e papel condutor (alumínio, geralmente) e, também, há gradativas diminuições de seções (se menor a seção transversal, maior a resistência).
Mas para que somente o papel pudesse resistir à tanta tensão elétrica, seria preciso produzir transformadores imensos, a ponto de o papel suprir e reduzir, sozinho, toda a tensão que passaria por ele.
Além da desvantagem econômica, haveria também desvantagens de produção e, por isso, a estratégia é fazer com que a parte ativa seja imersa em um líquido não condutor (o óleo).
A parte ativa, imersa no óleo, tem a sua resistência aumentada, possibilitando um produto final com menor dimensão e que suporte centenas de milhares de Volts, daí você pode ver que a resistência elétrica é bem mais do que espirais, tubos e dissipação de calor.
Mas não paramos por aí.
Você lembra que a temperatura tem influência sobre a resistência?
Por este motivo, entre outros (como segurança), o material que recobre a parte ativa já imersa no óleo e tem contato com o meio externo, é um isolante térmico.
Essa parte externa é chamada de isolador.
Assim, o material absorve pouco calor externo, de modo que não transfira esse calor para o óleo interno (lembrando que alteraria até mesmo a viscosidade do óleo).
No entanto, a água é um fluido condutor de eletricidade, certo?
Por isso, um critério de qualidade rigoroso, para a sua fabricação, é não permitir que haja umidade em várias etapas de produção, até mesmo porque a água não se misturaria com o óleo e seria um condutor nocivo para o processo, presente na peça.
De modo geral, a resistência elétrica é algo que pode ser melhorada quando combinada com outros fatores e vai muito além de fornos, chuveiros, entre outros equipamentos mais óbvios.
De outra perspectiva, a utilização dessa grandeza é algo que pode ser inovado e, por mais que tenhamos fácil acesso à sua definição, essa grandeza é algo muito complexo e rigoroso em serviços de grande responsabilidade.