Entenda como os copilotos industriais estão redefinindo o futuro da automação

Entre todas as novidades presentes no cenário atual voltado à transformação digital, destaca-se neste texto o Copiloto Industrial.

Estamos falando de algo que vai além de assistentes de softwares. Os copilotos são plataformas inteligentes alimentadas por inteligência artificial generativa (GenIA) e destinadas à colaboração direta aos engenheiros, técnicos e operadores.

Mas, o que se tem aplicado até o momento? Ou uma pergunta mais voltada ao nosso interesse: como o copiloto pode impactar a indústria e a automação? É isso que vamos descobrir neste texto.

O que são Copilotos Industriais?

Vamos lá! Devemos saber o básico antes de submergirmos neste mais novo e promissor assunto do nosso blog.

Os copilotos industriais são sistemas de inteligência artificial integrados às plataformas de automação, manutenção, engenharia e controle da produção. A finalidade deste sistema é de assistente, mas não é qualquer assistente. O sistema deve ser proativo no fornecimento de recomendações, insights, geração automática de código, suporte técnico e até diagnósticos em tempo real.

A partir disso, você pode se perguntar: esse é mais um sistema que há de substituir os profissionais?

E a resposta para essa pergunta é: não.

O copiloto, assim como seu nome expressa, serve de auxílio à algo. Faça uma analogia ao piloto do avião e ao copiloto e você vai entender melhor.

Portanto, os copilotos amplificam as capacidades dos profissionais e funcionam como parceiros digitais.

E se você quer saber como ele faz isso, aqui está a resposta: aprendendo com os dados industriais e interagindo em linguagem natural, seja por comandos de texto, seja por interface gráfica amigável.

Funcionalidades-chave dos Copilotos Industriais

Falando especificamente sobre os Copilotos Industriais: estes sistemas combinam várias tecnologias modernas e já citadas em outros textos do nosso blog em uma só solução, tais como:

  • IA generativa;
  • Computação em nuvem;
  • Realidade aumentada (AR);
  • Integração com sistemas MES;
  • Bancos de dados industriais;
  • Controle de versão colaborativo;

Mas, se falarmos sobre as funcionalidades mais avançadas, destacamos:

  • Geração de código automatizada com base em comandos simples; 
  • Sugestões para solução de problemas e suporte remoto com realidade aumentada; 
  • Análises preditivas que evitam falhas antes que elas aconteçam; 
  • Detecção e correção de erros em tempo real durante o desenvolvimento de software; 
  • Interface com QR codes dinâmicos, facilitando o acesso a manuais, status de dispositivos e vídeos tutoriais. 

Casos reais: o que as empresas estão desenvolvendo

A teoria sobre os copilotos industriais é linda, não é mesmo? Mas, como comprovar que de fato o sistema em questão é aplicável ou está em desenvolvimento? Simples, com exemplos reais!

  • Schneider Electric – EcoStruxure Automation Expert com Copilot

A Schneider lançou um copiloto industrial desenvolvido com a Microsoft para uso em sua plataforma EcoStruxure.

Este Copilot industrial foi desenvolvido para acelerar o desenvolvimento de aplicações, facilitar a adição de novas linhas de produção e auxiliar operadores e engenheiros a colocarem sistemas online com mais rapidez.

Como é previsto, a solução integra dados em tempo real, possibilitando diagnósticos e recomendações com alta precisão.

  • ABB – Genix Copilot e My Measurement Assistant+

Já a ABB desenvolveu o Genix Copilot para integrar suporte técnico automatizado a dispositivos de medição industriais.

Combinando IA generativa e AR, o sistema fornece acesso instantâneo a diagnósticos, códigos de erro e documentação, inclusive por leitura de QR codes nos equipamentos.

Com isso, tem-se resolução de problemas em minutos, reduzindo a necessidade de visitas técnicas presenciais.

  • B&R Automation – Automation Studio Copilot AI

A B&R, por sua vez, incorporou um copiloto no seu ambiente de desenvolvimento, o Automation Studio Code.

Esse assistente ajuda a gerar código estruturado com base em prompts de linguagem natural, além de sugerir melhorias e anotações.

A ferramenta promove colaboração em tempo real entre equipes distribuídas, aproveitando recursos de nuvem e integração com GitHub e Azure DevOps.

  • Nanotronics – nSpec Copilot para Inspeção e Qualidade

A a Nanotronics utilizou o copiloto industrial para um serviço de grande importância para a indústria: a inspeção de qualidade.

Voltado à fabricação de alto volume, o nSpec Copilot combina inspeção óptica automatizada com inteligência artificial para detectar desvios nos processos de produção com altíssima precisão.

  • Siemens + Microsoft Copilot

Por fim, temos o impacto do copiloto na codificação industrial.

A colaboração entre a Siemens e a Microsoft Copilot resultou em um sistema copiloto para a TIA Portal Engineering que gera códigos PLC em SCL, visualizações no WinCC Unified e explicações de blocos via IA.

Integrado ao TIA Portal, o sistema também reduz tarefas repetitivas e erros, acelera o desenvolvimento e permite buscas em linguagem natural por manuais.

A gigante mecatrônica Schaeffler já testa a solução, que também reconhece comandos por voz e acessa documentação técnica. 

Conclusão: por que isso importa?

Em meio a tantas informações, pode se tornar difícil compreender como tantos benefícios podem impactar a indústria.

Primeiramente, estamos em um cenário em que há escassez de mão de obra qualificada, as indústrias têm exigido maior complexidade dos sistemas industriais para obter melhores resultados, e as exigências por mais eficiência energética e operacional são incessáveis.

Diante desse cenário, a IA se torna um aliado indispensável, capaz de:

  • Reduzir o tempo de inatividade de máquinas; 
  • Aumentar a taxa de acertos na manutenção e nos diagnósticos; 
  • Acelerar o desenvolvimento de sistemas automatizados; 
  • Preservar o conhecimento técnico dentro da empresa; 
  • Capacitar novos operadores com curva de aprendizagem mais rápida; 

Em outras palavras, copilotos industriais não são uma moda passageira, mas uma resposta prática aos problemas da indústria moderna.

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