As melhores práticas para a operação e manutenção de sistemas com controlador de temperatura

No decorrer do desenvolvimento tecnológico, a performance da engenharia de produto deu um salto em direção à qualidade de fabricação dos dispositivos e equipamentos de controle e medição de processos.

Desse modo, diversos processos industriais passaram a ser controlados com excelência e precisão, devido à maior velocidade de resposta de leitura, comunicação e ação.

Assim, os setores fabris que dependem do controle criterioso da temperatura, como a fundição, sinterização, tratamento térmico, secagem, entre outros, puderam desfrutar de dispositivos aptos para tratar dessa variável, como o controlador de temperatura.

O controlador de temperatura, como o próprio nome diz, é um equipamento essencial em todos os processos que necessitem do controle desse parâmetro.

Visto a sua funcionalidade e o seu grau de importância, decidimos orientar você, que já o obteve ou ainda pretende obtê-lo, sobre as melhores práticas de manutenção e operação de sistemas que necessitem deste dispositivo.

Quer desfrutar deste conteúdo completo sobre controladores de temperatura?
Se sim, continue lendo este texto.

O que é o controlador de temperatura

Apesar do nome intuitivo, o controlador de temperatura é um dispositivo independente e que trabalha por si só.

Para que a temperatura seja controlada, é preciso antes medi-la no objeto ou meio de interesse, para que depois seja ajustada na faixa de valor correto.

Essa medição não é feita pelo controlador, e sim, pelo termopar, termoresistência ou outro sensor de temperatura.

Após a leitura, o sensor de temperatura emite um sinal para o controlador de temperatura, o qual processa o sinal e compara com o sinal referente à temperatura pré ajustada no seu display.

Após o processamento do sinal, o controlador é o responsável por comunicar o equipamento de aquecimento ou resfriamento do processo, como o ar condicionado, aquecedor, entre outros, para que este trabalhe mais ou menos e mantenha a temperatura no valor desejado.

O interessante é que o controlador de temperatura pode ser programável, fazendo com que exerça a sua função de ajuste de temperatura automaticamente, de acordo com a etapa do processo.

Melhores práticas de operação de sistemas com controlador de temperatura

De modo didático, vamos destrinchar os assuntos de boas práticas de operação e manutenção em dois tópicos.

Agora, iremos listar os melhores hábitos para operar os sistemas que contém o controlador de temperatura.

  • Avalie os sensores de temperatura

Como se sabe, o controlador de temperatura depende diretamente dos sensores de temperatura, os quais devem estar íntegros.

Muitas vezes, ao armazenar ou descarregar cargas de um forno industrial, empilhadeiras e outros equipamentos de transporte podem danificar os sensores de leitura de temperatura.

Assim, além de você precisar posicioná-los de modo estratégico para que isso não ocorra, verifique sua integridade antes de cada novo ciclo de processo para que o mesmo não tenha que ser parado ao meio de sua etapa.

  • Distribuição dos sensores de temperatura

Tendo relação com o tópico anterior, este diz sobre como a temperatura pode variar ao longo dos diferentes pontos de um ambiente.

Então, para que o seu sistema não seja vulnerável a erros, os quais não podem ser levados ao controlador de temperatura, determine a quantidade de sensores que devem ser colocados dentro do ambiente a ser controlado.

Desse modo, o controlador de temperatura poderá ajustar a temperatura do processo de acordo com a média das temperaturas medidas, através dos sensores.

  • Calibração

Um dos requisitos para começar a utilizar o controlador de temperatura é se certificar de que o dispositivo esteja calibrado.

E para isso, você pode utilizar um termômetro de referência (com uma precisão e exatidão tão boa quanto o sensor) e comparar as medidas de temperatura.

  • Configuração

O controlador de temperatura é pré ajustado, como já foi dito.

Portanto, conheça as variáveis do processo e qual o comportamento da temperatura em função da variação de pressão.

Por exemplo, em determinados processos de secagem, a temperatura se mantém constante por determinado tempo e aumenta depois desse período, então surge a necessidade de programar o controlador de temperatura em função do tempo.

  • Operação

Seguir as instruções do fabricante para operar o controlador de temperatura é mais do que obrigatório.

Isso envolve desde a configuração correta da temperatura para o seu processo até a configuração de programas, ajuste de alarmes de temperatura, entre outros.

  • Monitoramento

Apesar do sensor de temperatura ser um dispositivo de alta confiabilidade, monitorar se o seu processo atende à temperatura ajustada no seu controlador é imprescindível.

Caso tenha dúvida de como realizar este passo, faça o mesmo procedimento instruído na calibração: utilize um sensor de temperatura de referência.

  • Armazenamento de dados

Esta é uma dica de complemento para o monitoramento.

Como a sua empresa pode funcionar em horários não comerciais e o seu processo que envolve temperatura pode durar horas ou dias, armazene os dados referentes ao processo.

Além de ser uma boa ferramenta de estudo para o seu processo, ao analisar os dados graficamente, o histórico de dados te ajuda a entender o comportamento e a reação do seu processo para eventuais acontecimentos, como a queda de energia.

  • Treinamento

Este item não poderia faltar na nossa lista, visto que um operador não capacitado ou não instruído corretamente implicaria no fracasso do seu processo e, consequentemente, no retrabalho ou perda da peça.

Melhores práticas de manutenção de sistemas com controlador de temperatura

Nessa etapa do texto, haverão elementos ligados ao assunto anterior, isto é, a manutenção é também uma ação de boas práticas da própria operação de sistemas que utilizam o controlador de temperatura.

  • Inspeção visual

A inspeção visual deve ser feita sempre que possível e, principalmente, antes de toda nova etapa do processo.

Essa etapa se refere tanto ao bom condicionamento dos sensores de temperatura – prática de operação de sistemas que já foi mencionada – além da boa condição do controlador de temperatura.

Com isso, vale verificar, com frequência, as configurações de temperatura ao longo do processo e antes do mesmo iniciar.

  • Limpeza regular

Isso se refere tanto ao próprio controlador de temperatura e os seus dispositivos auxiliares, como o sensor de temperatura, quanto ao próprio ambiente em que ambos estão instalados.

Ao realizar a limpeza do controlador de temperatura, desligue a energia elétrica.

  • Teste do sensor de temperatura

Assim como já foi mencionado na calibração, a utilização de um sensor de temperatura de referência é o ideal para discernir se o seu sensor de temperatura está de acordo com o valor real.

  • Registro de dados

Assim como foi recomendado armazenar os dados do processo como uma dica uma prática exemplar de operação, o registro de dados referente aos erros do processo, são também importantes.

As chamadas “perturbações”, ou erros de processos, são importantes informações para a procura da causa raiz de um problema.

  • Substituição dos componentes

A substituição dos componentes deve ser realizada de modo preventivo, para que o controlador de temperatura permaneça funcionando corretamente.

A substituição dos componentes, de modo preventivo, é um método para que os componentes do seu equipamento não sofra o desgaste no decorrer do tempo, comprometendo os outros componentes e, no final, o seu processo.

Resumidamente, nota-se que as melhores práticas de manutenção e operação de sistemas com controlador de temperatura envolvem um conjunto de hábitos e ações que estão interligados.

Além disso, todas essas práticas se dissolvem em um tópico muito importante e que foi citado: o treinamento.

O treinamento bem lecionado e a aplicação dessa atividade de modo prático, permite que os assuntos e dicas discorridos sejam mais facilmente executados.

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