Permita que inversores de frequência (VFD) desempenhe o seu papel: evite erros na instalação

Como se sabe, um dispositivo é um investimento e prepará-lo para exercer a sua função de forma correta, é algo fundamental para garantir uma operação de melhor qualidade, mais segura ou mais enxuta.

Em um cenário onde inversores de frequência são os responsáveis pela boa gestão de processos nos mais diversos âmbitos fabris, observa-se a importância de garantir a sua boa operação, para que todos os apetrechos dependentes no sistema também entreguem boa performance.

Por isso, o presente texto apresenta algumas dicas que garantem o bom funcionamento do seu inversor de frequência, apresentando, inclusive, algumas falhas recorrentes, em especial, a má escolha de cabos durante a instalação do dispositivo.

Portanto, visto os dois outros textos que abordam sobre a interferência e aterramento em inversores de frequência, este terceiro texto discorre sobre a influência de cabos corretos e incorretos na instalação, e algumas consequências para ambas as situações.

Evite erros na instalação do dispositivo

Disparos, mal funcionamento, leituras errôneas, entre outros. Esses problemas e muitos outros podem ser causados pela má escolha de cabos de inversores de frequência.

E por que tratar deste assunto especialmente para os VFDs?

A resposta é que sistemas que possuem inversores de frequência demandam maiores cuidados quanto ao cabeamento quando comparados com sistemas que não o possuem.

Ainda sem entender?

Então vamos lá.

O fato do inversor de frequência permitir o ajuste da frequência de alimentação do motor, é algo sensacional e que o torna um dispositivo único para diversas situações.

As altas frequências e as rápidas flutuações na tensão, além da forma de onda de forma não senoidal durante aplicada ao motor, faz com que distúrbios eletromagnéticos sejam possíveis.

Os distúrbios eletromagnéticos, por sua vez, interferem na medição de sensores e em controladores.

Além disso, e como já foi visto em outro artigo, o aterramento realizado de forma incorreta pode promover um problema de transiente de tensão, prejudicando a caixa de engrenagem, rolamentos e a vida útil do motor.

Visto os diferentes e possíveis problemas que podem ser encontrados em inversores de frequência, o qual deve ser um  dispositivo que promova solução industrial, e não um problema em meio a tantos outros, é interessante orientar os nossos clientes através deste texto, sobre como contornar possíveis problemas que podem ocorrer durante o cabeamento de inversores.

Operação de inversores: tipos de cabos

Ao buscar por cabeamento de inversores de frequência, você pode se deparar com alguns tipos de cabos dedicados ao dispositivo, sendo os principais:

  • Blindagem e armadura de cobre ou alumínio;
  • Blindagem protetora de cobre  concêntrica;
  • Aço galvanizado com blindagem de fios curtos (SWA/SY).

Isso significa que ao utilizar outros cabos de sua escolha, pode ser uma péssima ideia, e o inversor de frequência terá maiores chances de apresentar falhas.

Embora inversores de frequência operem tranquilamente com cabos de quatro núcleos ou núcleo único, cabos de armadura de chapa de aço entrelaçada ou de alto gradiente, esses cabos não podem ser utilizados em motores elétricos, tornando-os inviáveis para o contexto onde motores e inversores estão conectados.

E se não puder evitá-los?

Bom, acontece que algumas bombas, como a submersível, podem ser oferecidas com cabos não blindados, e isto seria um problema para os inversores.

Neste caso, um filtro senoidal na saída do inversor pode ser a melhor saída, mas não opte por esta opção até que o fabricante a mencione, já que, a partir disso, pode ocorrer uma queda de voltagem de 10 a 15% no filtro, o que pode implicar em outros problemas que só a engenharia pode resolver.

O aumento da tensão CC com um retificador ativo, neste caso, implica na verificação do trabalho do acionamento CA.

Cabos e a sua relação com o EMC

Se o equipamento ou sistema não se tornou fonte de emissão eletromagnética ou  o mesmo também não sofre a influência deste fenômeno, então ele atende a EMC (compatibilidade eletromagnética).

Para isso, devem ser utilizados apenas cabos multicore simétricos (três ou seis núcleos) blindados, pois estes reduzem as altas correntes no motor.

E os cabos assimétricos? Estes não podem ser utilizados?

Bem, na verdade, desde que o motor seja classificado de até 30 kW e os cabos de até 10 mm2, o cabo assimétrico pode ser utilizado.

Contudo, não despreze os cabos blindados, mesmo que neste contexto, pois os blindados reduzem os riscos associados.

Como saber se o blindado é eficiente em alta frequência?

Basta medir a indutância do escudo, a qual deve ser dependente somente da frequência e deve ser baixa.

Além disso, a condutividade da blindagem deve ser de pelo menos até 10% da condutividade do condutor.

Conclusão 

Inversores de frequência podem ser a solução industrial que a sua indústria busca há tempos, mas esta afirmação procede desde que o dispositivo seja corretamente instalado.

Nota-se a importância do cabeamento, neste caso, ser bem selecionado, e vê-se a influência deste fator sobre o sistema quando não é corretamente selecionado.

Portanto, além de todas as dicas aqui presentes, é fundamental se atentar às sugestões do fabricante, os quais deverão auxiliar na resolução de problemas do dispositivo.

A Nepin, neste contexto, oferece tanto inversores de frequência de qualidade de excelência quanto suporte para sanar dúvidas a respeito do assunto.

Então, não perca tempo. Entre em contato conosco, escolha o seu dispositivo e não se preocupe com os problemas que hão de vir. A Nepin resolve para você.

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