Fluido refrigerante: amônia ou halogenados, qual utilizar?

Você, conhecendo a grande burocracia para a liberação de verba e aquisição de um equipamento industrial, sabe o quão importante é ser assertivo em decisões, correto?

Afinal, qual escolher: a opção A ou B?

Bem, ter dúvidas como essa é um grande impasse e pode custar caro, caso a ação errônea seja executada. 

No entanto, para quaisquer pessoas que estejam íntimas dos processos de interesse, isso não passa de mais um desafio. 

Resumindo: diante de uma tomada de decisão, é primordial conhecer os detalhes de diferentes equipamentos que supostamente oferecem a mesma proposta de solucionar a sua necessidade.

E nos sistemas de refrigeração industrial, a história não é diferente.

Dentre diversas dúvidas acerca de qual evaporador, compressor, condensador ou dispositivo de expansão utilizar, concordamos que há uma certa importância em começar pelo básico, afinal, qual fluido refrigerante utilizar?

Apesar de existirem diversos fluidos refrigerantes diferentes, como o R-410A, R-407C, R-22, entre outros, uma dúvida mais geral sobre o assunto é pertinente: entre os fluidos refrigerantes halogenados e a amônia, qual utilizar?

Nos acompanhe na leitura deste artigo para saber a resposta.

O que são os Fluidos Refrigerantes

Como você sabe, os fluidos refrigerantes são veículos térmicos importantes para o sistema de refrigeração, visto a variação das suas propriedades físicas de acordo com a pressão e a temperatura, além de outras características interessantes para a sua aplicação.

Tempos atrás, os CFCs  (hidrocarbonetos à base de flúor e cloro) tomavam conta do mercado desses fluidos, visto a sua estabilidade química, não toxicidade e por não ser corrosivo ou explosivo.

No entanto, após a descoberta dos efeitos dos CFCs na camada de ozônio, o mesmo foi banido e diversos outros fluidos refrigerantes tiveram que substituí-lo, como os naturais e os halogenados, entre outros refrigerantes naturais.

Além disso, foi necessário desenvolver equipamentos mais eficientes, revolucionando a indústria frigorífica.

Amônia: fluido refrigerante

A amônia, composto conhecido como “NH3”, é um dos fluidos refrigerantes mais antigos e eficazes.

Isso faz com que este tipo de fluido refrigerante seja amplamente utilizado comercial e industrialmente.

Por mais que este fluido tenha baixo custo, seja facilmente detectável, não danifica a camada de ozônio, tem alto desempenho térmico e baixo potencial de aquecimento global, temos que ressaltar os cuidados a serem tomados com o mesmo.

Mas isso será abordado em breve.

Halogenados: fluido refrigerante

Conhecidos pela letra HCFC (hidroclorofluorcarbonos) ou HFC (hidrofluorcarbonos), os halogenados foram desenvolvidos como uma alternativa para os CFCs.

Os halogenados contém átomos de halógenos, como o flúor, cloro, bromo ou iodo.

Qual utilizar: halogenados ou amônia

Este assunto traz consigo uma série de pontos positivos e negativos, considerações e um contexto quanto a aplicação do refrigerante.

Por isso, nada melhor do que inserir tudo isso em uma comparação entre os dois tipos de fluidos refrigerantes.

Custo

Na perspectiva da indústria, a redução de custo ganha um olhar valioso dos gestores, visto a busca incessante por lucro.

O preço da amônia é geralmente inferior se comparado com a maioria dos refrigerantes halogenados.

Considerando uma instalação de grande porte, a necessidade de toneladas de fluido refrigerante torna essa diferença de preço entre um e outro torna-se absolutamente mais chamativa.

Identificação

O fato da amônia ser característica por apresentar um odor facilmente detectável, torna esse fluido refrigerante, de fato, mais perceptível em casos de vazamento.

No entanto, a indústria conta hoje com equipamentos que têm a proposta de identificar vazamento de gás.

Acerca dos halogenados, esses são inodoros e, em grandes instalações, caso ocorra vazamento do mesmo, a percepção da sua fuga pode acontecer só depois que muito desse fluido for perdido.

Relação com água

Em sistemas com amônia, pode-se observar a presença de água formando uma solução, assim como é encontrada em sistemas por absorção de vapor. Não conhece? Clique aqui.

Já em sistemas halogenados, a presença de água pode promover o congelamento e, portanto, a obstrução de dispositivos de expansão e controladores de nível.

Temperatura de descarga

Nota-se que em instalações de refrigeração que tem a amônia como fluido refrigerante, os compressores alternativos precisam ser auxiliados quanto à sua refrigeração.

Tudo isso porque a amônia apresenta elevadas temperaturas de descarga.

Desse modo, a refrigeração do cabeçote do motor acontece com o auxílio de água.

Densidade

A amônia possui uma densidade que chega a ser quase a metade da densidade dos halogenados.

Isso pode ser uma vantagem se considerar o custo desse refrigerante.

Remoção de óleo

Como a amônia não se mistura com o óleo, este pode ser retirado em regiões de baixa viscosidade. 

Já os halogenados se misturam com o óleo e assim, tem-se uma solução de refrigerante líquido e óleo.

Para removê-lo do sistema, neste último caso, o refrigerante deve ser evaporado e direcionado para a linha de sucção do compressor. Para a separação ser um sucesso e não haver desperdícios, o óleo é enviado de volta ao compressor.

Toxicidade

Apesar de notarmos diversas vantagens da amônia sobre os refrigerantes halogenados, a toxicidade da amônia é algo a ser considerado como um fator na exclusão ou implementação deste refrigerante no sistema de refrigeração.

A título de curiosidade, instalações que utilizam amônia como refrigerante normalmente estão localizadas em áreas distantes de escolas, hospitais e outras áreas populosas, além de necessitar de técnicos especializados monitorando-as constantemente.

Portanto, vemos que a amônia tem diversas vantagens sobre os refrigerantes halogenados.

No entanto, a sua toxicidade é o fator limitante da amônia e, por isso, a mesma não é utilizada em instalações de refrigeração industriais que comprometem o produto a ser refrigerado caso houvesse fuga (vazamento) do fluido refrigerante.

Assim, reforçamos o contexto de relacionar a aplicabilidade do fluido refrigerante durante a sua escolha.

 

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