O passo a passo para configurar um inversor de frequência

Os Drives são dispositivos ligados a motores elétricos trifásicos, a fim de proporcioná-los benefícios relacionados à eficiência e a operação.

Visto essa relação entre dispositivo e máquina, é previsível que ambos devam estar com seus parâmetros condizentes.

E para isso, é preciso seguir alguns passos importantes para a parametrização, bem como prestar atenção nas configurações limitantes do dispositivo em relação a máquina.

O inversor de frequência, por exemplo, é um drive aplicado a motores elétricos trifásicos e, como esse dispositivo segue o pré-requisito operacional mencionado acima, é válido estar ciente de como configurá-lo.

Assim, tem-se como resultado, um bom funcionamento do dispositivo e um consequente motor controlado.

E você, está interessado em um passo a passo para configurar o seu inversor de frequência? Pois bem, se a sua resposta é “sim” você está no lugar certo. Basta ficar por aqui e sanar as suas dúvidas a respeito do assunto.

O que é um inversor de frequência 

Falar que um inversor de frequência é um “drive” e apresentar os seus benefícios, é algo raso ou insuficiente.

Por isso, decidimos discorrer sobre este dispositivo de maneira básica e detalhada, a fim de que você possa visualizá-lo e entendê-lo sem dificuldades.

Primeiramente, vamos falar sobre o que é o inversor de frequência: este dispositivo possui diversos nomes, como “inversor de frequência variável”, “Drive de frequência”, “Variable Frequency Drive” (no inglês), entre outros.

A sua estrutura externa é simples. Visualmente, tem-se uma “caixa” com botões e um display para visualizar os parâmetros de interesse.

Já a sua estrutura interna é basicamente composta, principalmente, por:

Estrutura de um inversor

  1. Retificador: converte a corrente alternada de alimentação em corrente contínua. O retificador controlado utiliza SCRs (tiristores) ou transistores, que possibilitam o controle da tensão de saída;
  2. Circuito intermediário: esse circuito, também chamado de “Link DC”, armazena a energia convertida pelo retificador. Esses componentes, que podem ser capacitores, indutores e barramentos, reduzem ondulações, suavizam e filtram a corrente e distribuem a energia;
  3. Inversor: composto por transistores de potência, como IGBTs (Insulated Gate Bipolar Transistor) ou MOSFETs (Metal-Oxide Semiconductor Field-Effect Transistors), que criam uma onda de corrente alternada modulada através do chaveamento de onda contínua. Além disso, é composto por Driver de Gate, o qual controla a abertura e fechamento fos transistores de potência, definindo então a sua frequência e amplitude de onda alternada;
  4. PWM – controle de modulação por largura de pulso (Pulse Width Modulation)
  • Pode ser um DSP (Digital Signal Processor) ou microcontrolador, o qual processa os sinais de controle e cria algoritmos;
  • Realiza feedback de controle, o qual alimenta os possíveis controladores mencionados com informações (tensão, corrente e velocidade) de sensores que favorecem o ajuste do motor;
  1. Filtro de saída: formados por indutores de saída (reduz a taxa de variação de corrente) e capacitores de saída (suavizam a tensão de saída). Assim, fornecem a corrente alternada mais limpa para o motor;
  2. Sistema de proteção: desliga o inversor em casos de sobrecorrente, protege contra picos de tensão e sobretemperatura.

Vantagens

Visto os componentes internos de um inversor de frequência e as suas respectivas funções, tem-se os seguintes benefícios consequentes do seu uso em um processo industrial:

  1. Redução no consumo de energia, visto a velocidade de operação do motor ser coerente com a necessidade;
  2. Controle de torque e velocidade, por meio da precisão de rotação do motor;
  3. Proteção contra possíveis perturbações e imprevistos que possam ocorrer no sistema, como sobretensão e sobrecorrente, bem como elevação de temperatura e mudança de carga brusca;
  4. Prolongação da vida útil do motor;
  5. Aplicação do sistema em bombas, ventiladores, transportadores, sistemas HVAC (aquecimento, ventilação e ar condicionado), entre outros.

O passo a passo para configurar um inversor de frequência

A configuração de um inversor de frequência para um motor elétrico trifásico, se dá pela parametrização do dispositivo em relação ao motor.

Ou como é informalmente dito: precisamos carregar o inversor com os dados de placa do motor.

Desse modo, ambos os artefatos não vão estar só conectados, como também seguindo os mesmos critérios operacionais. 

A partir desse requisito operacional do inversor de frequência, deixamos abaixo um passo a passo para você, leitor, configurar o seu inversor de frequência.

 

  • Acesse a placa do motor elétrico, a qual possui os dados do motor em questão;
  • Realize o reset de fábrica no inversor antes de configurá-lo (caso não seja a primeira vez que você vá utilizá-lo). Para isso, acesse o manual do mesmo e veja se o inversor em suas mãos possui um conjunto de botões que devem ser pressionados em conjunto, durante a inserção dos cabos de alimentação do inversor;
  • Acesse o menu do seu inversor e escolha o idioma. Esse ajuste pode ser encontrado, por exemplo, no item “setup”;
  • Alguns inversores possuem códigos ou números que devem ser acessados para a inserção de cada parâmetro do motor. Contudo, esses números podem ser acessados de acordo com a função do inversor. Por exemplo, se você deseja alcançar a operação 487, mas não consegue, tente mudar a aplicação do inversor (alguns possuem input de dados na forma vetorial ou escalar, por exemplo);
  • Consulte o manual do inversor e veja qual é o número (ou código) do parâmetro do inversor que corresponde ao rendimento do motor. Contudo, nem todos os inversores possuem códigos. Alguns tem a opção “quick start”, a qual exige, em ordem, os parâmetros necessários (potência, tensão, entre outros);
  • Insira os valores, se exigidos, de:
  • Frequência de uso do motor (frequência standard);
  • Pode ser pedido a frequência mínima e máxima de trabalho que você deseja que o motor trabalhe – lembrando que o motor pode trabalhar com frequências acima de 60 Hz);
  • Potência do motor;
  • Rendimento do motor;
  • Fator de potência;
  • Corrente nominal do motor (a corrente varia de acordo com a tensão, então atente-se qual a corrente do motor para a tensão em que ele está sendo alimentado – 220 ou 380 V, por exemplo);
  • Tensão nominal do motor;
  • Rpm (rotação por minuto) e a rotação mínima e máxima do motor (se exigido);
  • Tempo de rampa de aceleração (tempo até que chegue na rotação máxima – importante para preservar os componentes internos do seu motor, através de uma partida mais suave);
  • Tempo de rampa de desaceleração (propósito análogo e operação inversa ao item anterior);
  • Tipo de conexão: pode ser em rede, no próprio inversor, entre outros;
  • Seu motor pode girar no sentido horário e anti-horário? Se sim, os inversores comumente requerem que você configure a direção de velocidade do motor em itens como “limite do motor”, “característica do motor” ou “reversão”. Assim, deixe claro que o motor funciona em ambos os sentidos. Lembre-se também de configurar o sentido de rotação quando o inversor for acionado automaticamente;

 

Por meio desse passo a passo, você faz com que o seu inversor leia o que o seu motor, de fato, é.

Além disso, não se esqueça que não só é importante fazer uma boa parametrização do seu inversor, como também uma boa instalação do mesmo.

Quer obter um inversor de frequência? Tem dúvidas em relação a esse dispositivo? Se a resposta é “sim” para ambas as perguntas, não se preocupe.

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