No mundo ideal, toda empresa busca aumentar seus níveis de eficiência. Garantindo uma produtividade maior e utilizando cada vez menos recursos.
Certo?
Porém, na prática, nem sempre é isso o que acontece. Ora por problemas de gestão, ora por problemas técnicos.
O fato é que, no dia a dia industrial, existem muitos fatores que prejudicam a eficiência dos processos. E no setor de refrigeração industrial isso não é diferente.
Um exemplo clássico disso ocorre quando existe um acúmulo de gelo nos evaporadores.
Essa camada de gelo forma-se devido à umidade e às baixas temperaturas presentes nos equipamentos industriais dos sistemas de refrigeração.
Como resultado, a capacidade de troca térmica é reduzida, afetando negativamente o desempenho e aumentando os custos operacionais.
É nesse contexto desafiador que surge uma solução eficiente e confiável: o degelo a gás quente.
E, durante este artigo, vamos mostrar para você o porquê.
Portanto, se quiser se aprofundar no assunto e entender o funcionamento e a importância do degelo a gás quente na refrigeração industrial, nós sugerimos que você nos acompanhe na leitura deste artigo.
Combinado?
Contents
Tipos de degelo
O degelo a gás quente não é o único tipo de degelo que existe. Existem outros, como é o caso do degelo natural e o degelo elétrico. Vamos dar uma breve aprofundada em cada um deles.
Degelo Natural
O degelo natural é comumente empregado em equipamentos onde a temperatura precisa ser mantida acima de 0°C, como expositores de bebidas e balcões de resfriados.
Nesse método, o compressor é desativado por um período determinado, permitindo que a camada de gelo se descongele naturalmente com a temperatura ambiente.
A principal vantagem desse sistema é a economia de energia, uma vez que não há necessidade de utilizar aquecimento adicional.
No entanto, o processo de degelo pode levar mais tempo, dependendo da espessura da camada de gelo e das condições ambientais.
Degelo Elétrico
Em situações em que a temperatura precisa ser mantida abaixo de 0°C, é comum utilizar o degelo elétrico.
Esse método é aplicado em câmaras frigoríficas, balcões de congelados e outras aplicações de refrigeração de baixa temperatura.
Consiste em uma resistência elétrica acionada periodicamente para derreter a camada de gelo formada nos evaporadores.
O uso da resistência elétrica reduz significativamente a duração do degelo em comparação com o processo natural.
No entanto, é importante considerar que o degelo elétrico requer um consumo maior de energia, o que pode impactar os custos operacionais.
O fato é que, olhando para esses dois tipos de degelo, é possível identificar alguns pontos que não fazem cair por terra aquela ideia que apresentamos no início do artigo.
De que as empresas estão na busca pela eficiência.
E é aí que se apresenta o terceiro tipo de degelo, foco deste nosso artigo e que vamos apresentar de maneira mais aprofundada logo a seguir.
O que é degelo a gás quente?
Antes de mais nada, vamos entender do que se trata o degelo a gás quente.
O degelo a gás quente é um método utilizado em sistemas de refrigeração para remover o gelo acumulado nos evaporadores.
Nesse processo, o gás quente, geralmente proveniente da descarga do compressor, é utilizado para derreter o gelo presente na superfície do evaporador.
O principal benefício desse método é a sua capacidade de realizar o degelo de forma rápida e eficiente, garantindo a retomada da capacidade frigorífica e a otimização do processo de refrigeração.
Qual é o passo a passo do degelo a gás quente
O degelo a gás quente envolve etapas cuidadosamente projetadas para garantir a eficácia do processo.
O primeiro passo consiste em acionar a válvula solenoide responsável por abrir o bypass de gás quente. Essa ação permite que o gás quente flua do compressor em direção ao evaporador.
O calor do gás quente entra em contato com o gelo acumulado, derretendo-o e transformando-o em uma mistura de líquido e vapor.
Durante o degelo, é fundamental controlar a pressão do sistema para garantir um fluxo adequado de gás quente e uma temperatura de evaporação ideal.
Além disso, o tempo de degelo varia de acordo com o equipamento, espessura do gelo e dimensionamento adequado das tubulações e controles.
É importante mencionar que o degelo a gás quente pode ser realizado com o compressor funcionando ou desligado, dependendo da configuração do sistema.
Onde ocorre o degelo a gás quente e sua importância
O degelo a gás quente é amplamente utilizado em diversos setores da refrigeração industrial, especialmente em equipamentos que lidam com a amônia como refrigerante.
É comumente aplicado em máquinas de gelo, freezers comerciais, unidades seladas e até mesmo em equipamentos médicos.
Esse método é necessário devido ao acúmulo de gelo causado pela umidade associada às baixas temperaturas nos evaporadores.
O gelo compromete a eficiência do processo, restringindo a capacidade frigorífica e dificultando a troca térmica adequada.
O degelo a gás quente permite remover o gelo de forma rápida, evitando maiores perdas energéticas nos compressores, reduzindo a necessidade de manutenção nas válvulas e assegurando a operação segura e eficiente do sistema de refrigeração.
Considerações finais
O degelo a gás quente é um processo eficiente e confiável para remover o gelo acumulado nos evaporadores em sistemas de refrigeração industrial.
Com o uso do gás quente, é possível derreter o gelo de forma rápida e otimizar a capacidade frigorífica dos equipamentos.
No entanto, é importante dimensionar corretamente o sistema, incluindo o projeto adequado do compressor, válvulas, filtro acústico de sucção e demais componentes, levando em consideração as cargas e condições específicas do degelo a gás quente.
Além disso, é fundamental garantir um controle preciso da pressão e tempo de degelo, de acordo com as características do equipamento e a espessura do gelo.
O degelo a gás quente deve ser aplicado em máquinas de gelo, freezers comerciais e outros sistemas que requerem uma remoção eficiente do gelo para manter a operação em condições ideais.
Em resumo, o degelo a gás quente é uma solução tecnológica avançada para o desafio do acúmulo de gelo nos evaporadores.
Sua eficiência e confiabilidade tornam-no uma escolha popular em sistemas de refrigeração industrial.
Com um processo adequado e componentes projetados para essa finalidade, é possível garantir a operação segura e eficiente dos sistemas de refrigeração, evitando perdas de energia e problemas operacionais.