Como funciona a automação na Indústria Alimentícia

É impossível falarmos sobre o desenvolvimento da automação na indústria alimentícia sem citarmos a sua relação com a população global.

Claro, isso acontece porque somos os consumidores e o mercado de alimentos é modelado de acordo com as nossas necessidades.

Quer um exemplo?

Tempos atrás a preocupação mundial era se a indústria alimentícia daria conta de produzir o suficiente para a população global.

Com isso, foram desenvolvidas e implementadas tecnologias, como a automação, capazes de atender a essa necessidade da superprodução.

Hoje, temos diferentes necessidades e a indústria atual requer um critério de qualidade ainda mais significativo, o que exige uma produção alimentícia bem mais minuciosa.

Isto é, estamos falando de alimentos menos artificiais ou que contenham nutrientes específicos para pessoas com alguma deficiência nutritiva, além do trabalho excepcional no controle de bactérias e outros seres nocivos à saúde, entre outros.

No final, tudo isso influencia nas condições de transporte de alimentos, armazenamento, validade, entre outros.

Assim, voltamos à adequação da indústria alimentícia às necessidades humanas e, consequentemente, também ao aperfeiçoamento daquela tecnologia utilizada para que todo o critério de qualidade seja cumprido: a automação.

Quer entender, com mais detalhes, como essa tecnologia pode oferecer tanto para a indústria? Então continue por aqui e saiba como funciona a automação na indústria alimentícia.

O que é a Automação

Quando falamos de automação, temos que imaginar algo muito mais complexo do que uma “programação” feita para um processo.

A partir do momento em que você ler ou ouvir esse nome, imagine um processo que envolve diversos sistemas, tecnologias e dispositivos que, juntos, conseguem realizar a produção e o controle de processos industriais.

Isso através da mínima ou de nenhuma intervenção humana no processo.

Qual o objetivo da Automação

Como você já sabe, confiar determinados serviços às máquinas é a melhor opção quando é necessário obter precisão em variáveis físicas requeridas pelo processo.

Um humano não consegue quantificar a aplicação de força, velocidade, passo de aplicação, entre outras.

Portanto, o objetivo da automação é aumentar a segurança, a eficiência, a qualidade e a produtividade das operações industriais, além de reduzir custos e os erros associados.

Como funciona a automação na Indústria Alimentícia

Sabendo que a automação é composta por diferentes equipamentos e dispositivos em sistemas, sairemos de um discurso generalizado para apresentarmos alguns processos na fabricação de alimentos e como a automação específica atua nos mesmos.

Ao longo dos processos, mencionaremos diferentes critérios de qualidade envolvendo algumas variáveis físicas, e todos os critérios seguem as condições impostas pela HACCP.

A HACCP, do inglês “Hazard Analysis and Critical Control Points” faz análise aos perigos e pontos críticos de controle, o qual é um processo seguido na indústria alimentícia para garantir a qualidade alimentar e a esterilização de alimentos.

Em outras palavras, a HACCP identifica, avalia e previne os riscos de contaminação de um alimento em toda a cadeia de produção.

Esterilização de alimentos

Entre os processos que citamos, este talvez seja aquele que seja o mais autoexplicativo.

A esterilização de alimentos é um processo que consiste em eliminar ou eliminar completamente todos os organismos viáveis dentro ou sobre um produto alimentar.

Isso permite que os produtos sejam distribuídos à temperatura ambiente e armazenados, contendo um prazo de validade prolongado.

A temperatura desse processo de esterilização varia entre 115 a 127 °C e o controle de temperatura é uma etapa crítica do processo.

Para que não surjam ameaças à qualidade do alimento e do processo, a automação está inserida através da comunicação e do controle de temperatura utilizando sensores de temperatura e controladores de temperatura.

Os sensores de temperatura industriais estarão em contato direto com o ambiente em que é realizado o aquecimento e este medirá a temperatura do local, além de estar comunicando com o controlador de temperatura industrial.

O controlador de temperatura, por sua vez, é o dispositivo que permite que você insira a temperatura desejada (temperatura base) e a sua comunicação com o sensor de temperatura (temperatura real) dirá se o sistema precisa ser mais ou menos aquecido.

Este aquecimento, por sua vez, será realizado através de uma resistência elétrica, por exemplo.

A automação, portanto, confere nesse processo da indústria alimentícia, a comunicação da medição e do controle de temperatura utilizando o sensor, o controlador de temperatura e a resistência elétrica para o aquecimento.

Pasteurização

A pasteurização é um tratamento térmico que visa eliminar as bactérias que causam doenças e deterioração.

Esse processo é realizado no leite e possui dois tipos, a pasteurização lenta e a rápida.

Ambas aquecem o leite em temperaturas menores que 100 °C e o resfria rapidamente, para que o aquecimento seja interrompido. Após isso, o leite é armazenado sob refrigeração para garantir a sua qualidade.

Neste processo, temos também o sensor de temperatura e o controlador de temperatura assegurando a medição e o controle de temperatura, tanto para o processo de aquecimento quanto para o de refrigeração.

E como se trata de um líquido aquecido, temos que a pressão do ambiente é também aumentada de acordo com o aumento da temperatura.

Neste caso, a automação inclui também a necessidade de comunicar o processo a válvulas de segurança (em ocasiões que a pressão apresente risco) e a válvulas de alívio (para aliviar a pressão que não apresenta risco, somente para manter a pressão requerida).

Isso tudo apenas para o sistema de aquecimento e resfriamento do leite, pois a etapa de armazenamento do mesmo sob refrigeração também contém a automação que controla a temperatura imposta pelo evaporador, no sistema de refrigeração industrial.

Para isso, nada melhor do que controlar o vapor de refrigeração do seu refrigerador através da comunicação entre o mesmo e o controlador de vapor de refrigeração industrial.

UHT (Ultra High Temperature)

Do português “Temperatura Ultra Alta”, este processo é também utilizado no leite e também tem visa eliminar as bactérias que causam doenças e deterioração.

A diferença do UHT para a pasteurização se dá por meio da temperatura de processo e o tempo de exposição do alimento a essa temperatura.

Enquanto a pasteurização é mais branda, o UHT é um processo mais severo (temperaturas superiores a 100 °C) e permite que o leite tenha um tempo de duração maior em caixinhas, sem refrigeração.

Neste processo, a automação que transmite os valores das variáveis do ambiente de produção deve ser ainda mais pertinente em relação às válvulas de alívio de segurança de pressão.

Branqueamento  de alimentos

Este é um processo de pré-tratamento utilizado na produção de alimentos que envolve o tratamento térmico rápido de determinados alimentos vegetais (brócolis, ervilhas, cenouras, couve-flor, etc) antes de serem processados, armazenados ou congelados.

Assim, o branqueamento inativa enzimas naturais dos alimentos que poderiam auxiliar em reações químicas indesejáveis, como a deterioração da cor, textura, sabor e valor nutricional. Vamos aos passos?

  1. Os alimentos são lavados e limpos para remover impurezas e sujeiras. Para isso, temos válvulas de fluxo se comunicando com um fluxostato, o qual fará a bomba d’água manter o seu trabalho variando de acordo com a quantidade de alimentos.
  2. O alimento é imerso em água fervente ou passado através de um fluxo de vapor quente por um curto período de tempo, variando de acordo com o tipo de alimento. Aí temos a automação que controla a quantidade de vapor produzido pela caldeira, de acordo com a demanda.
  3. Finalmente, o alimento é resfriado rapidamente, sendo mergulhado em água gelada ou passando por um túnel de resfriamento.

Em todos os processos citados, vemos a necessidade do uso de controladores de temperatura, sensores de temperatura, válvulas de diversos tipos, entre outros dispositivos mais voltados para a refrigeração industrial.

Isso porque não mencionamos todos os dispositivos utilizados nos outros sistemas, como o de produção de vapor pela caldeira e outros equipamentos que agem “em segundo plano”.

Mas todos esses conteúdos, você pode checar aqui, na Nepin. Por isso, deixamos vários links atrelados aos equipamentos e dispositivos mencionados até o momento.

Além disso, você pode encontrar também esses dispositivos no nosso site. Abaixo, deixaremos algumas amostras para que você se familiarize. Basta clicar sobre os seus respectivos nomes.

Deixe um comentário